Assim ou...nem tanto 25

Ano Novo, Vida Velha

Nenhuma mudança haverá no homem que, imóvel ou ausente, espera que o tempo passe. Todo o futuro precisa de mãos para ser presente porque nada do que virá nasce das pedras. E, aqui estou, noutro ano, com a mesma vida velha. Custam-me os radicalismos e não acredito nas promessas que fazemos na alegria de um convívio bom. É por isso que, apagadas as luzes, sobro como potência de muitas mudanças mas sem qualquer certeza delas. Sou hoje, no entanto, um portador de esperança porque, como escreveu Aristóteles, ela é o sonho do homem acordado e eu sonho sempre, acordado ou não. Trago como alavanca para as novidades que virão, o que tenho de meu: corpo, vontade, afetos. Tenciono vencer os dias com alegria por saber já que, com ela, as horas passam mais depressa, as tarefas ficam mais fáceis, o mundo ainda mais bonito. Olho para os outros como amigos potenciais e o meu primeiro impulso é de empatia. Quero gostar de ti, quero estar do teu lado, sinto que me faltam forças para a guerra. Acresce que vejo em ti todas as potencialidades para melhorar o meu futuro, a minha vida, a minha felicidade. Contigo, não vou precisar de me anular, nem de resistir, nem fingir que sou diferente. Com os amigos por perto os próximos desafios serão uma brincadeira de crianças.

Edgardo Xavier
Enviado por Edgardo Xavier em 02/01/2016
Reeditado em 02/01/2016
Código do texto: T5498227
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