Anos Novos
“Não cai uma folha da árvore se Deus não permitir”
“Jesus na noite em que foi preso esteve orando, pedindo a Deus que não o deixasse morrer. Havia um propósito de Deus para a morte de Jesus, que era para nos Salvar”
As frases acima são mais conversa fiada para os incultos sobre religião. Domingo em minha residência, eu estava conversando, como faço sempre, com minha amiga da velha guarda, Dilma Carrasqueira. Ela chorando me contou que sempre rega o seu jardim e, aproveitando o ensejo, também molha o da sua vizinha que se diz evangélica e que havia passado a semana de festa fora de casa. Ao retornarem (ela e esposo), ela arrancou as plantas que havia no seu jardim sob alegação de que as mesmas ficaram com as folhas todas rasgadas e o seu terraço todo molhado. Dilma explicou que deveria ter sido as recentes chuvas com ventania, como a helicônia que detesta ventania. Relembramos o meu gato de estimação e aproveitando registro aqui que psicologicamente nesta época de ano fico arrasado.
Guduguinho (meu gato, na foto), ao que tudo indica que morreu em 31 de dezembro de 2011, às 20:00 hs. A causa mortis, não procurei saber, mas os bichanos sempre são vítimas de algum veneno colocado pelos que não gostam de gatos ou cachorros, mas que certamente não gostam de si mesmos. Um crime difícil de se flagrar, sendo os autores da maldade, quase sempre comerciantes ou moradores (geralmente religiosos), a exemplo de um dos meus vizinhos (sic), que sempre alegam ter tido a intenção de matar os ratos (esse último, uma peste, tudo bem). No ano passado, um dos suspeitos (que se diz católico!) cortou árvores e plantas para construção de uma garagem e aumentou a altura do muro. No terraço ele colocou uma árvore de Natal com lã e pisca-pisca. Nos seus dois carros constam aqueles adesivos: “Esse carro é propriedade de Jesus” e “Esse veículo é guiado por Deus”! Quinta-feira, véspera de ano novo, logo cedo, (cerca 19:00 h), começaram a soltar fogos diversos de artifícios e bombas de grande porte. Como podemos dormir bem, os animais se assustam com as festividades de virada do ano, fogos e zoadas da meninada? Agora é assim!
Finalizo esta crônica repetindo que podemos assim, eleger as festividades de final de ano, como o dia mais hipócrita de todos os tempos. Eis que chega o ano novo, pessoas literalmente embriagadas confraternizam-se com falsos abraços e beijos, sem mudanças e esperanças , elegendo estas festividades no pseudo intuito de uma melhor relação entre os seres humanos, tendo ainda o disparate de desejo de um Feliz Ano Novo!!!