APERTEM AS ARRUELAS EM BENEFFÍCIO DAS RUELAS
Todas as cidades tem ruelas, que dependendo do costume ou ignorância de bom ou mau sentido, podem ser chamadas de becos, alamedas, travessas, acessos, vielas e tantas outras pejorações.
Para quem não conhece uma ruela hoje não há mais problemas, pois bastam 2 ou 3 minutos no Google Maps.
Aqui próximo de casa, não mais que 1 km, bem no dia de São Firmino, houve um tiroteio, morte e feridos. Parece que o morto tinha envolvimento com o tráfico, inclusive sendo apontado como o "chefão" da região da grande Cruzeiro, um conglomerado de vilas integrantes de vários bairros. O morto, pelo Google respondeu alguns processos e teve condenações por furto e roubo, segundo o cadastro municipal para receber uma moradia popular (cadastro aberto ao público) ele era casado, com três filhos, tudo indica que não seja homônimo, coincidentemente residente no mesmo bairro e na mesma ruela.
Seria um "chefão" destoante, de longe não parece do tipo ostentação, poderia morar melhor, inclusive estava registrado numa moradia sem refino, moradia numa ruela da vila Tronco.
A maioria dos bandidos que não do colarinho branco moram em ruelas, mas nem todos que moram nas ruelas são bandidos, melhor ainda, a maioria não é de bandidos.
A moda nos últimos 30 anos, nas ruelas do perímetro urbano é asfaltá-las, por água encanada, energia elétrica e coleta de lixo.
Qual a solução para retirar os bandidos das ruelas?
- A construção de presídios e endurecer a LEP - Leis das Execuções Penais.
Outra solução é fazer com que os não bandidos que moram nas ruelas sintam-se gente, sintam-se população, então aparem as arestas das ruelas, deem-lhes um traçado que permita a passagem de uma ambulância, de um táxi e de até o Uber, da tal polícia comunitária, deem-lhes um endereço, deem-lhes a possibilidade de serem amigos do carteiro.
Se o falecido era do tráfico certamente que outro candidato ao falecimento já deve ter ocupado o cargo, sustentado em muito pelos que moram distantes das ruelas.
Apertando as arruelas, porcas e parafusos sobre os fornecedores restará aos usuários a busca por outras alternativas, de lazer, para os que dizem buscar diversão no uso, de tratamento, para os que dizem buscar soluções de terapias independentes, de estimulantes para estudar amar e para viver.