ABRIR PORTAS PARA SUA VIDA.

ABRIR PORTAS PARA SUA VIDA. JUBILEU DA MISERICÓRDIA. ANO NOVO.

Estranho, abrir quais portas para a vida se já vivemos? Realmente uma indagação instigante. Sim, vivemos, mas que vida vivemos? Há tranquilidade, conforto interior ou estamos em conflito com o que se passa ao nosso redor? Conseguimos harmonizar, sem testilhas, os fatos e suas ocorrências que nos cercam no viver, na família, no trabalho, nas amizades e suas interlocuções, enfim, no entorno social em que estamos inseridos, do qual fazemos parte?

“A arquitrave que suporta a vida da Igreja é a misericórdia. Toda a sua ação pastoral deveria estar envolvida pela ternura com que se dirige aos crentes; no anúncio e testemunho que oferece ao mundo, nada pode ser desprovido de misericórdia. A credibilidade da Igreja passa pela estrada do amor misericordioso e compassivo.” Papa Francisco.

Abriu Papa Francisco, em evento da tradição, mas temporalmente de forma extraordinária, A PORTA SANTA, fora da época curricular. E foi além na generosidade cristã que encarna “à perfeição”, estendeu a exortação à misericórdia, “literis”: “O Ano Santo (foi aberto) abrir-se-á no dia 8 de Dezembro de 2015, solenidade da Imaculada Conceição. Esta festa litúrgica indica o modo de agir de Deus desde os primórdios da nossa história. Por isso, pensou e quis Maria santa e imaculada no amor (cf. Ef 1, 4), para que Se tornasse a Mãe do Redentor do homem. A misericórdia será sempre maior do que qualquer pecado, e ninguém pode colocar um limite ao amor de Deus que perdoa. Na festa da Imaculada Conceição, terei a alegria de abrir a Porta Santa. Será então uma Porta da Misericórdia, onde qualquer pessoa que entre poderá experimentar o amor de Deus que consola, perdoa e dá esperança.

No domingo seguinte, o Terceiro Domingo de Advento, abrir-se-á a Porta Santa na Catedral de Roma, a Basílica de São João de Latrão. E em seguida será aberta a Porta Santa nas outras Basílicas Papais. Estabeleço que no mesmo domingo, em cada Igreja particular – na Catedral, que é a Igreja-Mãe para todos os fiéis, ou na Concatedral ou então numa Igreja de significado especial – se abra igualmente, durante todo o Ano Santo, uma Porta da Misericórdia. Por opção do Ordinário, a mesma poderá ser aberta também nos Santuários, meta de muitos peregrinos que frequentemente, nestes lugares sagrados, se sentem tocados no coração pela graça e encontram o caminho da conversão. Assim, cada Igreja particular estará diretamente envolvida na vivência deste Ano Santo como um momento extraordinário de graça e renovação espiritual. Portanto o Jubileu será celebrado, quer em Roma quer nas Igrejas particulares, como sinal visível da comunhão da Igreja inteira.”

Independente dessa designação de catedrais e locais indicados pelas autoridades eclesiásticas como “Portas Santas”, subsiste a vontade clerical máxima e legitimada pelo pontificado, de estender o Apóstolo de Cristo, como manifestado na Bula, papado preenchido ao ensejo por quem oferece a majestade da humildade a merecer maior reverência e acato, um imenso espaço de indulgência com assento na conversão ou ratificação da crença. Basta entrar por uma Porta Santa, diríamos , as portas dos templos, mas com vontade de misericórdia.

O Jubileu da Misericórdia, com o saber dos sábios e experientes com visão na conveniência, diante da conturbação mundial, é a mesma misericórdia que nos concede uma nova vida para sermos compreensivos, é o exercício da faculdade mais excelente depois da concessão do pensamento. A misericórdia nasce da compreensão, o estágio mais elevado do pensamento inteligente.

“A misericórdia será sempre maior do que qualquer pecado, e ninguém pode colocar um limite ao amor de Deus que perdoa.”, diz o Papa, e alguns, MENORES EM TUDO, ainda pretendem incorporar em Quem desconhecem, Deus, o sentido de punição.

SÓ ELA, A MISERICÓRDIA, PODE TRAZER A PAZ!

“(Gl 4, 4), quando tudo estava pronto segundo o seu plano de salvação, mandou o seu Filho, nascido da Virgem Maria, para nos revelar, de modo definitivo, o seu amor. Quem O vê, vê o Pai (cf. Jo 14, 9). Com a sua palavra, os seus gestos e toda a sua pessoa, Jesus de Nazaré revela a misericórdia de Deus. Há momentos em que somos chamados, de maneira ainda mais intensa, a fixar o olhar na misericórdia, para nos tornarmos nós mesmos sinal eficaz do agir do Pai. Foi por isso que proclamei um Jubileu Extraordinário da Misericórdia como tempo favorável para a Igreja, a fim de se tornar mais forte e eficaz o testemunho dos crentes.” Papa Francisco.

O vocábulo tem origem no latim, miseris, cor e dare, que significam, dar o coração àqueles que são vítimas da miséria. Há momentos em que somos chamados, refere o Papa, a fixar o olhar na misericórdia.

Essa conciliação para doar nossa benevolência deve partir também para um encontro interior, conceder a nós mesmos a misericórdia tão necessária para pacificar nossos impulsos, nossas mentes.

Que o ano que se avizinha nos permita ultrapassar esses umbrais da Porta Santa, sem sectarismos ou mesmo religiosidades que desconhecem mais e interiorizam menos, que praticam a religião dos ritos maiores em visão e menores em espiritualidade.

Menos exposição, mais misericórdia, disso necessita o homem.

Que seja um ano santo para quem tem compreensão e não se debate em desentendimento.

« É próprio de Deus usar de misericórdia e, nisto, se manifesta de modo especial a sua onipotência ». São Tomás de Aquino mostra como a misericórdia divina não seja, de modo algum, um sinal de fraqueza, mas antes a qualidade da onipotência de Deus.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 27/12/2015
Reeditado em 27/12/2015
Código do texto: T5492498
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.