Culpa, de quem?
Estava apenas descansando, pensando na vida, nos ânimos e desânimos. E talvez com este pensar melancólico e fugaz pude averiguar algumas coisas, coisas do coração, aquelas que ultrapassam o limite da razão.
As vezes gostamos demais de alguém, e esse gostar se materializa de uma forma que foge das nossas expectativas, e que de alguma forma a esperança se vai na mesma proporção que um dia veio. Mesmo nos tornando bobos quando amamos é necessário não perdemos nossa sensatez, o desejo por viver novos víveres e ultrapassar certos dizeres.
Vai doer? E como vai. Mas, as vezes a dor carnal faz-se melhor do que a espiritual.
Em alguns momentos nos entregamos demais, achamos demais a ponto de entender que encontramos o alguém, mas este alguém sem culpa, apenas não nos encontra.
Depositamos tudo no outro, mas aquele, apenas coloca em nós a vontade de viver novas vivências e apenas. Carregamos os outros com nossas fantasias e desejos e deixamos de perceber até que ponto vai o entender do outro sobre isso. Culpamos demais, vivemos de culpa, até entender que a culpa não esta em lugar algum, porque foi apenas uma desculpa.
Jogamos nas pessoas responsabilidades indevidas e um peso se sobressai. Mas a vida é leve, muito leve, o problema, a grande questão somos nós a complicação.
Possivelmente deveríamos insistir mais em nós mesmos, viver um pouquinho sem culpar o outro, porque a culpa não é nada além de expectativas mal resolvidas.
Iva Linhares.