Um natal sem neve
Para os nórdicos, natal sem neve é como para o sertanejo um inverno sem chuva; ou melhor: Para a cultura das quatro estações, uma primavera sem flores. Não é que a festa natalina necessite desses elementos da natureza para caracterizar sua maior motivação, o natal tem o seu definido significado. Este substantivo, por ser tão adornado de inadequados adjetivos, vem perdendo sua substantivação, hipertrofiando aspectos apenas circunstanciais à data, acréscimos de cores e de coisas: vermelho, branco, luzes pisca-pisca, papais-noéis, nozes, chocolate e gravetos com algodão para parecerem árvores escandinavas, cobertas de neve e, na estrada, uma charrete puxada por cervos.
Contudo, há pessoas já conscientes do que seja o natal, lembrando-nos o Poema de Natal, de Jorge de Lima: "- É o menino do carpinteiro", tentando nascer ou renascer em cada um de nós, com mensagens de bondade e de amor, propiciando tempo fértil de boa vontade, sobretudo para aqueles que praticam a inveja, a perfídia, o ódio e a intriga. Ah! Se o natal os transformasse! Infelizmente, suas empáfias obstruem a eficácia da "revelação"; o Amor perdeu para esses seu sabor, tornou-se sal que não salga... E quanto mais se diz que o natal é a comemoração do nascimento de Jesus Cristo, mais alto a mídia divulga e convence de que natal é festa do comércio, sem "crise", a estimular crianças e pais ao mundo do compra-compra, do império do consumismo.
É preciso que morra tal vil divindade para que aconteça o verso natalino de Fernando Pessoa: "Nasce um Deus. Outros morrem" (...). Enfim, o Natal não é teatro, mas poesia, vivencial despertar do belo. Há de se convir que o Natal pode ser sem compras, sem neve, sem chuva, sem lua, sem sol, mas jamais sem Jesus Cristo. Aos que têm essa fé, neste Natal, o Amor é nascituro...
Para os nórdicos, natal sem neve é como para o sertanejo um inverno sem chuva; ou melhor: Para a cultura das quatro estações, uma primavera sem flores. Não é que a festa natalina necessite desses elementos da natureza para caracterizar sua maior motivação, o natal tem o seu definido significado. Este substantivo, por ser tão adornado de inadequados adjetivos, vem perdendo sua substantivação, hipertrofiando aspectos apenas circunstanciais à data, acréscimos de cores e de coisas: vermelho, branco, luzes pisca-pisca, papais-noéis, nozes, chocolate e gravetos com algodão para parecerem árvores escandinavas, cobertas de neve e, na estrada, uma charrete puxada por cervos.
Contudo, há pessoas já conscientes do que seja o natal, lembrando-nos o Poema de Natal, de Jorge de Lima: "- É o menino do carpinteiro", tentando nascer ou renascer em cada um de nós, com mensagens de bondade e de amor, propiciando tempo fértil de boa vontade, sobretudo para aqueles que praticam a inveja, a perfídia, o ódio e a intriga. Ah! Se o natal os transformasse! Infelizmente, suas empáfias obstruem a eficácia da "revelação"; o Amor perdeu para esses seu sabor, tornou-se sal que não salga... E quanto mais se diz que o natal é a comemoração do nascimento de Jesus Cristo, mais alto a mídia divulga e convence de que natal é festa do comércio, sem "crise", a estimular crianças e pais ao mundo do compra-compra, do império do consumismo.
É preciso que morra tal vil divindade para que aconteça o verso natalino de Fernando Pessoa: "Nasce um Deus. Outros morrem" (...). Enfim, o Natal não é teatro, mas poesia, vivencial despertar do belo. Há de se convir que o Natal pode ser sem compras, sem neve, sem chuva, sem lua, sem sol, mas jamais sem Jesus Cristo. Aos que têm essa fé, neste Natal, o Amor é nascituro...