Não vou por aí

Não raro encontramos alguém que procura nos forçar a mudar de opinião e influir em nossas decisões. Acho que quem faz isso é chato, enxerido e desrespeitoso. Se não lhe pedimos opinião, por que insitem em dar palpites? São uns inconvenientes.

Comigo, assim que m tipo desses começa a querer dar qualquer pitaque, eu corto no ato. Sou até meio ríspido. É tiro e queda, nuncamais ele vai tentar dar uma de pretensioso enxerido. Não admito que ninguém interfirqa no tocante às minhas idéias e posições.

Eu sei que para mim é mais fácil cortar o barato desses tipos porque sou meio grosso (meio?). Sou alguém que não aceita e nem admito que brocoió nenhum se imuscua na sua vida. Avalio o drama das pessoas muito educadas, incapazes de repudiar o assédio desses chatos e inconvenientes. É um tormento. Mas se eu estiver presente intefiro. Ah, se interfiro. Na minha presença ninguém força e nem constrange ninguém. Tem que respeitar o que os outros pensam.

No mais, gosto de repetir uns versos de um poema de José Régio: "Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!/ Ninguém me peça definições!/ Ninguém me diga: - Vem por aqui!/ A minha vida é um vendaval que se soltou./ É uma onda que se alevantou./ É um átomo a mais que se ativou,/ Não sei por onde vou,/ Não sei para onde vou,/ - Sei que não vou por aí!". E priu.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 20/12/2015
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