Carona na crônica de Ene

Não, nçao aguento o homem da cobra, era aquele que nas feiras conversavam demais e ficou sendo o apelido de quem tomou água de chocalho e não para de falar. É o caso desses ministros do STF, não dá para aguentar um sujeito falar horas e horas, indo e voltando, parece conversa de bêbado chato. Deviam apenas resumir, mas não conseguem se deter ante ofascínio dos microfones e câmeras. Não assisto. Nem na marra.

Por isso prefiro ficar lendo meus livros, ouvindo minhas velhas fitas, brechando o Reanto e escrevendo minhas maltraçadas.

Vou pegar uma carona numa crônica da amiga Ene Ribeiro, adorei essa crônica. Nela Ene contou que foi a um consultório médico e ficou sentada aguardando sua vez. Nisso chegou uma senhora adentrada nos anos e começou a puxar conversa, então sem mais aquela disse que com a idade as fezes das pessoas perdem a consistência, amolecem e, às vezes, ficam amarelas (?)... Ene ficou constrangida com a conversa, algumas pessoas já riam, e pegou um cigarro do maço e fingiu se dirigir para fumar lá fora, fugiu do papo merdéu. Com raqzão, o papo é de lascar o cano.

Avalie se ele tivesse como eu a paciência de, junto com alguns amigos, ouvir todas as semanas esse tipo de papo. É que um dos nossos amigos sempre começa sua conversa falando sobre merda, a sua merda. Seguinte: desde os tempos de adolescente encaficou no cabeção (a cabeça dele é muito grande) que a merda da pessoas indica se ela está com saúde ou não. E agora, na terceira idade, ele está ainda mais fanático na análise de sua merda. Como sua vista est´cansada ele comprou uma lupa bem grande, toda vez depois que caga ele pega a lupa e examina as fezes, consistência, coloração e avalia o peso (não me perguntem como avalia o peso). Tem mais: ele anota num caderninho não só as variações da merda, mas ohorário da cagada, se nao caga na hora certa já fica tenso. Detalhe: copmo sua vista apesar da lupa não é boa, ele chama a pobre da esposa para ajudá-lo na análise, só dá descarga depois que a mulher ratifica seu parecer.

Um dos amigos pensava que era brincadeira, mas a esposa dele confiormou tudo. Foi mais além disse que de vez em quiando ele se esquece se cagou ou não. Foi o que aconteceu dia desses quando ia saindo para o nosso encontro. Gritou da porta: - Maria, eu já caguei hoje? Ela respondeu afirmativamente. Ele gritou novamente: - Normal ou houve alguma oscilação na cor e na consistência? Ela: Tudo normal, bem.

No dia que ele não comparece ao encontro, alguém brincando diz: Por que fulano não veio? E todos respondem em uníssono: - Houve alteração na consistência e coloração da bosta dele. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 17/12/2015
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