Macho

Uma das maiores preocupações dos adolescentes do final da década de 50 e começo da de 60, era virar macho. Sim, repito, virar macho. O adolescente na faixa dos 15 aos 18 anos que ainda não conhecia mulher, ou seja, que ainda não havia transado com mulher, era apelidado de donzelo. Quando estava numa roda de amigos e um deles dizia orgulhoso que tinha quebrado o "cabresto", uma espécie de himen do homem, o cabaço, trepando com uma puta, o donzelo ficava com uma inveja da gota serena. Ficava envergonhado, complexado, triste de dar dó. O adolescente que vencia essa batalha era invejado e rspeitado como um macho. Atéa as mocinhas admiravam. Juro. Conto até um caso triste, um donzelo desesperado com a sua situação, chegou, pasmem, a cortar o cabaço ou cabrestocom uma gilete, avaliem o sangueiro, foi para o hospital e não ganhou o reconhecimento de macho.

Conheci uma moça, de vez em quando a encontro com o marido aqui no Recife, e rememoramos um acontecimento hilário do passado quando eles eram adolescentes. Eram namorados, mas ele era integrante do time dos donzelos e quando passava com ela para ir ao cinema a galera acunhava chamando-o de dionzelo, e estavam quase noivos, ela era apelidada de "a noiva do donzelo". Resultado, ela acabou o namoro. Spo reataram depois que ele conseguiu quebrar o cabresto trqansando com uma puta, a professora sexual dos anos dourados. Quando isso aconteceu ele chegou na praça do cinema aos berros: - Agora, sou macho! Agora sou macho! E, repito, reatou o namoro, hoje sao casados e relembram rindo esse fato.

Hoje contar isso aos mais jovens causa riso, mas era algo real antigamente, o donzelo vivia um drama. Só relazxava quiando virava macho, aí era admirado. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 17/12/2015
Código do texto: T5482924
Classificação de conteúdo: seguro