As comportas políticas de um certo Rio amargo e sujo que era Doce

Comparo o Brasil ao Rio Doce e a barragem rompida em Mariana, ao Congresso Nacional. Não me adiante sair por aí contando os culpados, mas pô-los, todos eles, atrás das grades e permitir a esse mesmo rio, se recompor com a ajuda da sociedade civil organizada e uma nova administração política zelosa para com as causas nacionais. Às vezes as metáforas falam mais do que os axiomas e a sociedade necessita estar mais próxima dos bastidores da política nacional para entender melhor quem é quem nesse jogo imundo de interesses.

O instante político por quem atravessa o país é preocupante. Parece que estamos vendo a dança do criolo doido. Uma vai e vem de desencontros, um disse me disse que nada informa de real, de concreto, e enquanto isso nossa Economia vai de rio abaixo sem saber se sequer encontrará o mar ou sua própria foz. Não sabemos nem mais que país é este que, camaleonicamente, seus governantes são muitos, em um, a depender de seus interesses. Os brasileiros nunca ou quase isso, sabem o que acontecerá no dia seguinte ao país. O dia amanhece repleto de más notícias e as autoridades constituídas, muitas delas, vimos algemas e levadas presas por roubos ou coisas ainda piores. Quando essa coisa vai parar? Nunca?

Continua a incomodar-me o silêncio faminto por sono de nossas Forças Armadas. É o que dá, entregar a um civil, seu comando. E se o civil for um velho comunista entrosado com os movimentos de esquerda deste país, desde os movimentos estudantis do período da ditadura militar? Pois bem, ei-lo. O povo se manifeste no medo marasmático e na imprudência da passividade. É pegar ou largar. O Brasil é nosso, meus caros cidadãos. Precisamos agir antes que outros façam por nós, com interesses divergentes dos reais interesses do povo brasileiro.

O Governo Dilma Rousseff me parece mais uma partida de futebol em fim de campeonato, após expulsarem o árbitro. Como é que o jogo pode andar? O campo em que ela governa está repleto de faltas cometidas pela maioria de seus mentores, os membros do PT. Cadê a militância do PT que por menor que fosse o motivo, corria às ruas e fazia a maior barulheira? Calados, cuidadosos com o que dizem e como agem. Sabem que seu representante mor está metido em hedionda parafernália de defeitos graves cometidos contra o Brasil e seu povo.

Mas alegro-me ao ver que a Venezuela está sendo retomada das mãos miseráveis dos Chavistas, por seu próprio povo, sem necessitar que nenhum outro país ajudasse. A Argentina, nossa vizinha também se livrou da paquiderme representante do peronismo morto e embalsamado para sempre. Cristina Kirchner jamais será a mesma. A liberdade naquele país está de casa cheia. Passou o pior.

Mas nosso Rio Doce continua a morrer, exalando o vapor do descaso do poder econômico famigerado contra a sociedade comum, o cidadão pagador de tributos, o homem que apenas que ter sua casa e seu trabalho para acomodar sua família e manter viva a Pátria amada. É lamentável demais o que está manchando nossa história. O pior é essa demora para corrigir-se. Desejaria que o país tivesse uma meia dúzia de “Dr. Moro”, aí, sim, a República Brasileira teria jeito e o povo não estaria a sofrer tanto e por esse tempo tão comprido, destruidor de esperanças. Mas até agora só conhecemos um. Aonde estão os outros homens de bem que podem decidir pelo país e acabar de vez com essa bandalheira que vinha e continua destruindo o Erário e a esperança do nosso povo? Aonde? Quem poderia informar-me e, prometo, juro, iria correndo avisá-lo que ele, ou eles, precisariam ajudar ao Dr. Moro, com absoluta convicção de que estariam realizando uma façanha exemplar.

Muda Brasil! Já li e ouvi essa frase em tempos remotos. Sonhava com a chegada desse dia de esperança viva. E aí houve o interstício desse governo ordinário do PT que construiu o maior esquema de corrupção da história do país. Aonde estávamos que não vimos a tessitura maligna desse povo orquestrador de falcatruas? Meu Deus, por que erramos tanto e por esse tempo infernal, demorador, cegador das ordens nacionais? Não padecemos, e como aquele Rio Doce que se encontra hoje em amargas e turvas águas, iremos nos refazer e renascer não de cinzas, como a Fênix mitológica, mas como um gigante piscoso, arrodeado de esperanças por todos os lados, mantendo atrás das grades esses quadrilheiros que a cada dia mais um é descoberto, julgado, condenado e posto em seu devido lugar: a prisão.