CONSELHO DE ÉTICA, SEM ÉTICA OU MORAL (luta de José Aldo Júnior)
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Mais ridículo e deprimente do que a derrota meteórica do lutador amazonense José Aldo Júnior, campeão invicto do MMA, para Coonor MacGregor,, foi ter que presenciar mais uma reunião do deprimente Conselho de Ética da Câmara Federal. Durante mais a sexta reunião seguida para discutir se o presidente da Câmara Federal teria mentido ou não sobre contas secretas na Suíça e deveria ter seu mandato cassado. Durante a reunião, os membros do Conselho de Ética promoveram um embate do MMA, mais demorado do que a luta entre o amazonense e o lutador irlandês. O Conselho de Ética da Câmara Federal está se transformando em um Conselho de lutadores do MMA, mas anda falta armarem o octódromo ou um grande circo de palhaços, sem a lona do circo.! Muita baixaria! O Brasil não merece ver e muito menos sustentar com dinheiro público esses lutadores de MMA, disfarçados de deputados federais. Dentro do Conselho, durante a reunião, o que menos existiu foi ética parlamentar. Como podem falar em ética parlamentar?
Composto também por deputados federais investigados pelo Supremo Tribunal Federal, o Conselho pode ter tudo, incluindo lutadores de MMA disfarçados de parlamentares, mas falta-lhes ética, moral e decência durante mais um embate de luta com provocações de parte a parte. Ao final do embate entre os deputados, o presidente do Conselho lançou uma pergunta aos brigões do MMA da Câmara: “qual o exemplo que vossas excelências querem deixar para vossos filhos e netos?”. Ninguém respondeu nada. Como pode um parlamentar Ficha Suja concorrer a cargo e ainda compor um Conselho de Ética se ele próprio não possui ética ou moral? Enquanto isso, surgem salvadores da pátria oportunistas e fica claro o analfabetismo eleitoral, com a falta de capacidade dos eleitores de escolher candidatos com propostas de desenvolvimento como um todo para o Brasil e não só projetos sociais pessoais ou pontuais. Isso é frustrante!
O Brasil está muito sujo e cheio de políticos que dão vergonha, fruto de uma sociedade que apodreceu no pé! Existem exceções, felizmente, mas poucos políticos pensam no coletivo! A péssima escolha no perfil moral dos candidatos, se reflete nas urnas e ressoa na composição dos Conselhos de Ética das Assembleias Legislativas do Brasil, que não possuem ética e nem moral para cassar ninguém, muito menos o presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha.. O ex-presidente da mesma casa Severiano Cavalcante foi cassado porque recebera um cheque de 10 mil reais do cantineiro da Câmara Federal. Como agora Eduardo Cunha, com cinco contas identificadas e não declaradas na Suíça, pode continuar impune e manobrando sua tropa de chopa de pugilistas de parlamentares investigados pelo STF, até por formação de quadrilha, continuar impune? Uma vergonha o Conselho de Ética da Câmara Federal. O deputado Eduardo Cunha ainda ameaçou com uma chantagem nada discreta: “posso até perder meu mandato, mas levo um monte de gente comigo”! Pode levar porque não fará falta o país e nem para o parlamento brasileiro! Fará um bem ao Brasil!
De Santa Catarina, um outro péssimo exemplo da atual safra de políticos do Brasil: aumentaram a alíquota de contribuição das aposentadorias, agrediram servidores públicos que protestavam no plenário contra o projeto e transformaram tudo em uma batalha de bombas da PM contra palavras de ordem a mudança aprovada. O nível da política do Brasil está péssimo!. Tudo se negocia nos bastidores, da forma mais rasteira possível, permitindo o surgimento das cinzas que ainda restam da política do Brasil, heróis salvadores da pátria, como o temperamental deputado federal Jair Bolsonaro e a ex-juíza Denise Frossard Loschi, ex-juíza de direito que mandou recolher à prisão, bicheiros que comandavam o crime organizado no Rio de Janeiro, também. Devido à notoriedade na mídia, entraram na política e se elegeram deputados e ela deputada federal, só porque cumpriram seus deveres nos cargos. De reboque, por outras razões nada nobres, ainda surgiram no cenário político brasileiro o ex- jogador de futebol, o senador Romário de Souza Faria's, “O peixe”, e Francisco Everardo Oliveira da Silva, o artista “Tiririca” e, ainda, o professor Jean Willys, ex-BBB nascido na Bahia e eleito deputado federal também pelo Rio de Janeiro, como deputados federais.
Depois de eleitos, o que fizeram em favor do Brasil? O que a juíza Denise Frossard fez para melhorar a lei? O que Jean Willys proporcionou ou o discurso que fez para melhorar a Educação? O que Jair Bolsonaro apresentou de projeto para merecer o status de “pop star”, como teve em Manaus? O que o senador e ex-bom-jogador Romário de Souza Farias, “o peixe”, fez pelo bem do Brasil? Nada tenho contra nenhum deles, mas falta-lhes projetos, ideias e pronunciamentos para fazerem o Brasil caminhar nos trilhos! Como ex-chefe de gabinete em Manaus do ex-deputado federal Carlos Souza, reconheço que não é fácil fazer um projeto andar na Câmara Federal, cheia de burocracia em seus trâmites internos. Um projeto que o deputado federal apresentou em seu primeiro mandato parlamentar, indicando profissionais assistentes sociais e psicólogos para trabalhar em escolas públicas e particulares, até hoje não entrou na pauta de votação e talvez nem entre porque o parlamentar não se reelegeu e renunciou ao resto de seu mandato porque não aceitava ver o “balcão de negócios” em que se transformou os gabinetes da Câmara Federal.
Para transfonarem a política federal brasileira em um grande circo de palhaços falta só o prédio da Câmara Federal/Senado ser coberto com lona de circo ou instalar na sala da Comissão de Ética em um octódromo para que suas excelências possam treinar e lutar dentro das regras lutas. Pior do que está, não pode ficar! Com relação à luta de José Aldo Júnior circulam nas redes sociais a denúncia de que ele teria que perder por pontos para continuar recebendo patrocínio vitalício de uma empresa Franco Suíça de 200 mil dólares.
No caso do Brasil, os eleitores vendem votos por muito menos do que isso!