Pedágio do amor

Há um novo livro de Ruy Castronas livrarias, "A Noite de meu Bem", uma celebração à época do samba-canção dor de cotovelo que teve como figuras centrais Dolores Durán e Antonio Maria. Ela com o seu antológico "A Noite de meu Bem" (que dá título ao livro) e Maria com o clássico "Minguém me Ama", que ele ironizava: "Ninguém me ama, ninguém me quer, ninguém me chama de Boudeklaire".

O livro é um passeio arretado e monumental pelas boates cariocas nas noites calientes do Rio de Janeiro numa época mágica em que pontificou o samba-canção e seus causos, porres, histórias... Ruy Castro pesquisou profundamente e conseguiu dissecar a época. Uma das historinhas é, por assim dizer, hilária e corrosiva: "O jornalista e compositor Ronaldo Bôscoli e sua namorada Maysa (Monjardim e depois Matarazzo) assistiam a um show de Silvinha Teles, no Texas Bar", quando de repente um homem armário aproximou-se da mesa e disse: - Boa Noite, com licença, dona Maysa, vamos?". O armário fazia parte da segurança do vice-presidente Jango, que esperava Maysa no carro. Ronaldo Bõscoli não se incomodou, so não gostou de vê-la sendo levada de graça e pediu ao homem uma grrrafa de uísque como pedágio. O homem não falou nada, levou Maysa ao carro, voltou e disse ao maitre para por uma garrafa de uísque na conta do dr. Jango".

Era uma época fanatástica havia até o pedágio do amor. Lem o livro, vai ser best seller. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 13/12/2015
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