Domingo azul de esperança
Manhã de sol. Com esperança renovada o dia mostra a sua cara, e, apesar dos velhos assuntos pendentes a nos advertir para a gravidade do momento, há o cheiro de novidade no ar.
Talvez sejam apenas os passarinhos cantando suas velhas melodias de eterna confiança. Saltitam, se banham, têm a certeza de que encontrarão comida neste dia, e eu estou me deixando levar pelo seu entusiasmo.
Sim, deve ser isso. Nesse exato momento há crianças nascendo e que têm a mesma confiança no futuro, no peito das mães cheio de leite, no teto que as protegerá das intempéries.
E não temos o direito de estragar a sua perspectiva de vida com nosso pessimismo, nossas bocas tortas dos viciantes cachimbos de ódio e desespero.
Então saudemos o sol, pensemos na refeição do domingo, confiemos no lento fluxo do tempo que há de conservar a vida humana em sua jornada rumo à felicidade, à racionalidade, à justiça para todos.
E, talvez, a felicidade do futuro dourado seja parecida com este domingo de sol em que preparamos a refeição familiar de encantamento.