Explore-me agora, devore-me depois
Aqueles olhos
Aqueles olhos grandes me incomodam
Aqueles olhos sempre atentos me incomodam
A cada olhar parece que me devoram
A cada olhar parece quererem mais de mim
A cada vez que a vejo imersa no silêncio
Naquele silêncio como se fosse um grito
Como se um pedido de mais, mais, mais...
Não consigo arrancar um único ruído
Isto mexe comigo
Tanto quanto os contornos de mulher
Tanto quanto aquele corpo de coxas grossas e seios fartos
Vejo tanto desejo para tornar ação
Aquele rosto marrudo de sobrancelhas franzidas
Dão ao olhar profundidade
Mas tudo se desfaz de repente com um sorriso largo
Explore-me! Explore-me! Explore-me!
Arranque de mim tudo o que puder
E vá, se agigante diante do mundo
Vá! De peito aberto e enfrente
Faça-os tremerem de medo
E depois volte
Volte!
Devore-me!
Devore-me com seus beijos!
Devore-me com seus desejos!
Devore-me com o que trouxer de raiva!
Pois então, o mundo será pequeno perto de ti