INSENSATEZ
INSENSATEZ
“Cá em baixo imperam o engano e a fantasia, que obscurecem os olhos de quase todos, mas a realidade aguarda o momento de demonstrar-se plena à contemplação de cada um”. (André Luiz).
“Quando a prova te procure ao rigor de ásperos lances, alma boa, não te canses, em desespero e pesar! Tribulação, muitas vezes é o apoio que te escora, de que não vê por agora, toda a expressar tutelar. Ao invés de lastimar-te, observa alma querida, vem à dor a cada vida, ninguém escapa ao sofrer! Quem julga feliz e forte, talvez carregue consigo desventura e desabrigo por dentro do próprio ser. Existem, frequentemente, na festa que animas as ruas, chagas maiores que não tens - não esmoreças. Trabalha a esperança, dia a dia, é o maior de nossos bens. Não te vendas à tristeza, Eis que o tempo nos reclama, Feliz quem se esquece e ama, na senda em que se conduz, sigamos. Na estrada nova, sob a fé que nos invade, ante o Sol da Caridade, o companheiro é Jesus”. Com essa linda prova de amor e compreensão, queremos dar uma conotação mais alvejante e brilhante, para as discussões homéricas que determinados políticos travam no dia-a-dia tendo como diretriz aquilo que o fará feliz. No entanto, os benefícios para a população são escassos e inexistem. O único beneficiado, o político empresário, usa de artimanhas na sanha gananciosa de aumentar seus patrimônios em detrimento do bem-estar da população. A conservação do meio-ambiente já tão combalida pelas ações deleterianas dos homens sem coração, com tinos egoístas que só visam o florescer do vil metal para acrescer as suas frugais e geênicas, egoístas e indolentes felonias contas bancárias, na ânsia ultriz de ver sua egolatria transformar-se em bufão com olhares indiferentes para a população.
Uma batalha titânica por um projeto que só interessa ao dono, visto que açambarcará mais reais, dólares e euros para sua gorda conta bancária. Depois de marchas e contramarchas através da felicidade felina vêm os anseios de revolta contra os que se tornaram contrários ao projeto, pois somente um cego poderá afirmar que não afetará o meio-ambiente. O pior cego é aquele que teima, e insiste em não enxergar. É de lascar! Engana-se quem imagina que as oligarquias foram extintas da política brasileira, elas estão mais fortes e tonificadas com a energética corrupção que surrupiam dos cofres combalidos brasileiros - não pequenas quantias, mas reais em muitão. É uma vergonha! Será que existe alguma ligação do mega-projeto com as ZPES (Zonas de Processamento de exportações)? Só o tempo dirá. É o pretenso progresso aliado à força das oligarquias que infelizmente ainda perduram no País do “Tudo e do Nada”. A maioria dos políticos age com estratégias ubertosas e muitas vezes dolorosas para os carentes e estropiados. A sanha deletéria desses imantadores do eu, esquecem que nos sofridos corredores dos “hospitais” da cidade, gritos, gemidos de dor e sofrimentos são ouvidos e não aparece um redentor com um pouco de amor para amenizar dolorosa situação. As ZPES já se fixaram nas cercanias do Instituto José Frota, pois quem é encaminhado para lá já tem o destino traçado, a morte. Entram em ação as Zonas de exportação com planejamento macabro e destino traçado para as mercadorias humanas, o Parque da Paz, o São João Batista, o Jardim Metropolitano e os jazigos da periferia. É triste e doloroso. O Instituto José Frota (IJF) é o shopping empresarial dos carentes e aderentes, dos quase mortos, dos infelizes e indigentes procurados pelas águias apenas em época de eleição.
Caminhando pela cidade chegamos a BR-222 e nos direcionamos ao Pecém, um distrito escolhido para implantação do porto que não embarca ninguém. Navios de grande calado nem pensar, pois pode encalhar. É considerada “obra Prima” da refinaria e da siderurgia que Lula num ato de covardia levou para Pernambuco que não produz petróleo, apenas Pitu aguardente dos papudinhos. Porto que não funciona não adianta. Assaz, Pão de Açúcar, Extra e Iguatemi locais propícios para saborear um bom siri. “Emprega-nos com bondade para que os outros nos acolham com entendimento e simpatia. Protege-nos contra a omissão. Conduze-nos no rumo daqueles que contam conosco, sem exigir que nos procurem. Auxilia-nos a ouvir qualquer irmão em dificuldade com paciência e compreensão para que não falte à esperança em todos aqueles que nos requisitam a companhia. Os estudiosos batizaram as diferentes dimensões ou faixas de existências, de mundos paralelos. Os seres abissais habitam as profundezas, não tem consciência formada da existência de outros ciclos de vida, diferentes da sua própria existência. Se a gestação do amor transformasse num ato de beneficência amorosa e não em excrescências de pessoas que querem ser o senhor absoluto e arbitrário; tirano, opressor, dominador absoluto, pessoa de tendências dominadoras. Não apaguemos o sorriso do entendimento nos lábios e conserva sempre acesa, a chama da esperança no coração. Em torno de nossa embarcação, há muitos náufragos a se debaterem no perigo e no temor, na necessidade e na aflição. Exerçamos a coragem de auxiliá-los e dar-lhes proteção”.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI E ACADÊMICO DA ALOMERCE