Gabriela

Talvez o romance mais popular de Jorge Amado seja Gabriela. Para mim é o melhor. Disparado. Sempre releio e esse romance, Sou fissurado pelo enredo e, claro, pela figura de Gabriela. Acho também incríveis os personagens Nacib, o coronel Ramiro Bastos, Mundinho Falcão, Lívia e... Tonico Bastos. Adoro o Vesúvio onde o Capitão, o velho advogado e o professor e jornalista batiam papo e tomavam umas e outras tirando o gosto com os petiscos feitos por Gabriela. Arretado também é o cabaré Bataclã de Maria Machadão, além do mar e do povo. É o retrato de Ilhéus que se universalizou. O retrato de uma época.

Mas o que mais fascina é mesmo Gabriela, é uma alegoria de vida, da liberdade, da natureza das pessoas simples e libertárias. Rio e tenho que usar a bombinha (devido a asma) quando Nacib quer levar Bié para a conferência de um poeta chato e ela prefere ir para o circo; quandoele quer que ela participe da sociedade e ela prefere o terno de reis; quando ele quer que ela use sapatos der salto alto e ela prefere andar descalça. Na verdade, o simpático turco não entende a natureza de Gabrielae por isso leva um par de chifres, mas depois de descasar ele a contrata como empregada e ela volta tanto para a cozinha como para a cama do patrão. Gabriela é um hino à brasilidade e à baianidade. É melhor ler Gabriela do que ouvir o noticiário da tevê. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 08/12/2015
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