A CORRUPÇÃO DENTRO DO PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT) VAI LONGE
A CORRUPÇÃO DENTRO DO PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT) VAI LONGE
“Frequentemente, te queixas da influência perniciosa dos espíritos infelizes. Dizes-te debaixo de terrível obsessão. Clamas contra a ação das entidades desencarnadas que te submetem. Em parte alguma do Universo, ninguém se encontra exclusivamente a mercê do mal”. (Irmão José).
Testemunha é a pessoa que relata o que viu ou ouviu: houve testemunhas de acidente. Cada uma das pessoas que regulamentam as condições de um duelo, padrinho (de duelo). Pessoa que assiste à realização de um ato para dar-lhe validade legal: servir de testemunha num casamento. Prova material: esta catedral é testemunha da piedade de nossos antepassados. Animal ou planta não submetido a qualquer tratamento particular, a fim de permitir a comparação com seres da mesma espécie, objeto de experiências. Espectador. Nos últimos doze anos, o senador Delcídio do Amaral acompanhou de dentro o lado sombrio dos governos petistas. Viu o nascimento dos esquemas de corrupção, seus desdobramentos financeiros e eleitorais, participou dos esforços para debelá-los e agora pode apontar com precisão quem são os mentores e beneficiários. (Daniel Pereira e Rodrigo Rangel). Crime eleitoral.
O senador Delcídio do Amaral alertou Dilma Rousseff de que a empreiteira Odebrecht havia pagado clandestinamente no exterior os honorários de João Santana, o marqueteiro de sua companhia. “Isso é problema do Lula” reagiu a presidente Dilma Rousseff. Corrupção: o senador e amigo do pecuarista José Carlos Bumlai, preso, acusado de intermediar contratos NA Petrobras e arrecadar propina em nome de Lula. O pecuarista tinha “passe livre” no Palácio do Planalto. A conversa que levou o senador para a cadeia. Entenda os principais trechos da conversa gravada pelo filho de Nestor Cerveró durante encontro com o advogado do pai, Edson Filho, e o senador Delcídio do Amaral. A compra do silêncio: Advogado Edson Ribeiro: “Não tendo delação, ficaria acertado isso: Não tendo delação, tá”? E, se houvesse delação, ele também te excluiria. Não é isso?
A ajuda do banqueiro: Delcídio do Amaral: Ele disse: “não: Delcídio, não tem problema nenhum, o, eu estou interessado, eu preciso resolver isso, ô, meu banco é enorme, se eu tiver problema com meu banco eu tô é...”. O plano de fuga: Delcídio do Amaral: “Hoje eu falo, porque acho que o foco é o seguinte: tirar. Agora, a hora que ele sair, tem que ir embora mesmo”. O cerco do Supremo: Delcídio do Amaral: “Agora, agora, Edson e Bernardo, é”... Eu acho que nós temos que centrar fogo no STF, agora. Eu conversei com o Teori, conversei com o Toffoli, pedi pro Toffoli conversar com o Gilmar, o Michel conversou com o Gilmar também, porque o Michel tá muito preocupado com o Zelada: e eu vou conversar com o Gilmar também.
Senador Delcídio do Amaral: É isso: Edson Ribeiro, advogado de Nestor Cerveró, confirma com Delcídio do Amaral os termos do trato que o senador teria fechado com seu cliente: Cerveró não mencionaria o nome de Delcídio à Polícia Federal e o parlamentar, em troca, usaria sua influência para ajudar o ex-diretor da Petrobras a conseguir um Habeas-Corpus no STF. Em seguida, Delcídio auxiliaria Cerveró a fugir do país. O senador, que foi diretor da estatal entre 2000 e 2001, temia ter o nome citado por um terceiro investigado no Petrolão. Ele já havia sido acusado de ter recebido propina por dois delatores, Paulo Roberto Costa e Fernando Baiano.
O senador Delcídio reproduz aqui frase que relata ter ouvido do banqueiro André Esteves, dono do BTG Pactual. No ano passado, o doleiro Alberto Youssef disse à polícia que o grupo do Esteves teria pagado propina de três milhões de mais ao senador Fernando Collor de Mello para fechar um contrato com a BR Distribuidora, área de influência do parlamentar, que Cerveró dirigiu entre 2008 e 2014. A Polícia Federal acredita que Esteves, preso, combinou com Delcídio pagar quatro milhões de reais a Cerveró e financiar sua fuga para o exterior para não ter o nome mencionado pelo ex-diretor à polícia. Delcídio, Bernardo Cerveró e o advogado Edson Ribeiro combinam um plano de fuga para o ex-diretor da Petrobras.
Delcídio lembra que a prioridade é conseguir Habeas-Corpus para Cerveró e, em seguida, tirá-lo do Brasil. Pela estratégia traçada, Cerveró atravessaria por terra a fronteira com o Paraguai e de lá embarcaria para a Espanha de jatinho. “Falcon 50, o cara sai daqui e vai direto até lá”. Sugere o senador. Sobre o pedido de habeas-corpus que possibilitaria a soltura, e, mais tarde a fuga de Cerveró, o senador diz ao advogado Edson Ribeiro e ao filho do ex-diretor da Petrobras, que está “conversando” com os ministros do STF e que pediu a ajuda do vice-presidente Michel Temer, para que “conversasse” com o ministro Gilmar Mendes.
Quando Delcídio diz que Temer está “muito preocupado com o Zelada”, refere-se a Jorge Zelada que substituiu Cerveró na diretoria internacional da Petrobras. Ele foi indicado ao cargo pelo PMDB em 2008, quando Temer era presidente da sigla. O empresário Salim Schahin contou aos investigadores que concedeu empréstimo a Bumlai a pedido do Planalto. O dinheiro foi usado para comprar o silêncio de um chantagista que se dizia capaz de envolver Lula no assassinato do prefeito de Santo André Celso Daniel.
“Na história recente da nossa pátria, houve um momento em que a maioria de nós, brasileiros, acreditou que a esperança tinha vencido o medo. Depois, descobrimos que o cinismo tinha vencido aquela esperança. Agora parece se constatar que o escárnio venceu o cinismo. O crime não vencerá a justiça.” ( Ministra Cármem Lúcia do STF). Escarnio: Aquilo que se diz ou faz para zoar (caçoar) alguém ou alguma coisa; caçoada ou zombaria: as cantigas que ficaram famosas foram as de escárnio e de maldizer. Comportamento que demonstra desdém por (algo ou alguém); menosprezo. O que pode ser alvo desse comportamento. (Etimologia de origem questionável).
Caçoada, depreciação, desapreço, desdém, menosprezo, trote, vaia e zombaria. “É preciso esmagar, sim, é preciso destruir, esmagar com todo o peso da lei, respeitada sempre a garantia constitucional do devido processo, esses agentes que atentaram contra as leis penais da república e contra o sentimento de moralidade e de decência do povo brasileiro.”( Ministro Celso de Mello do STF). A tentativa de anular as delações: O advogado de Cerveró entrou com um pedido de habeas-corpus para anular a delação premiada de Paulo Roberto Costa, homologada pelo ministro Teori Zavaschi, alegando, entre outras coisas, que a Lava Jato fez uso indiscriminado das colaborações. Como Nestor Cerveró foi arrastado para o centro das investigações pela delação de Paulo Roberto Costa, a anulação de colaboração poderia beneficiá-lo.
Delcídio não chegou a fazer a prometida “visita” ao ministro Fachin. Um dia depois dessa conversa, o ministro negou habeas-corpus impetrado pelo advogado Edson Ribeiro. Antes da negação: Edson Ribeiro: “Paulo Roberto por que”? Porque foi homologada pelo Supremo: aí eu consigo anular a de Ricardo Pessoa, enquanto o Supremo também eu peço suspensão e anulo aquela porcaria também em atuação idêntica. Consigo anular a do Fernando Baiano, a do Barusco e a do Júlio Camargo, Pô, cara! “Delcídio do Amaral.” É tá com o Fachin? Eu tô precisando fazer uma visita pra ele lá, hein? “Um estranho vazamento”. Delcídio do Amaral: “André, você conseguiu como”? “E aí ele mostrou o papel de anotações”. ( Fonte: Revista Veja).
Delcídio do Amaral conta aos presentes seu estranhamento pelo fato de o banqueiro André Esteves ter tido acesso a uma proposta de acordo de delação premiada que Nestor Cerveró ofereceu a justiça. O grupo discute quem poderia ter passado o papel sigiloso ao banqueiro. No documento, Cerveró confirma a acusação, já feita por Youssef, de que Esteves pagou propina a Collor para obter contratos com a BR distribuidora. Esse foi um dos motivos do pedido de prisão de André Esteves. “Dilma sabia “- Delcídio do Amaral”: “Aí, por exemplo, no caso de Dilma ele disse: “A Dilma sabia de tudo de Pasadena”“. Ela me cobrava diretamente. Pá Pá Pá. Fiz várias reuniões.” Delcídio refere-se a uma das anotações feitas por Cerveró que constam da minuta de sua proposta de delação premiada, assinada uma semana antes.
Cerveró era diretor da Área Internacional e Dilma Rousseff era a presidente do Conselho da Petrobras quando a estatal comprou a Refinaria da Pasadena, no Texas (EUA), em 2006. A negociação, segundo confessou o ex-diretor à polícia se destinava a criar um Propinoduto para financiar a campanha de reeleição de Lula. A conta de Romário na Suíça. Delcídio do Amaral: “Aí, tá, para complicar ainda mais o jogo, aparece o Eduardo Paes, com Pedro Paulo, é, com Romário e com Ferraço “. Edson Ribeiro: “Ué” fizeram acordo, né?”“. Delcídio do Amaral “Diz o Eduardo que fez”. Edson Ribeiro: “Tranquilo”. “Tinha conta realmente do Romário”. Bernardo Cerveró: “Tinha essa conta”?
Delcídio do Amaral: “E, em função disso, fizeram o acordo”. O senador comenta um encontro com Romário e o prefeito do Rio, Eduardo Paes. Romário e Paes, antes adversários políticos, teriam fechado acordo para que o ex-jogador apoiasse o candidato Paes à prefeitura, Pedro Paulo Carvalho. Ribeiro diz que o acordo improvável teve como pano de fundo uma conta de Romário na Suíça cuja existência , divulgada pelo Veja, foi negada pelo senador. Ribeiro diz que a conta existe de fato e sugere que Paes saiba disso. Delcídio assiste: “Em função disso, fizeram o acordo”. A política pode ser uma ciência, mas os políticos brasileiros transformaram-na em politicagem e a corrupção desenfreada no Brasil dá nojo. Pense nisso!
ANTONIO PAIVA RODRIGUES- MEMBRO DA ACI- JORNALISTA- MEMBRO DA ACE- DA UBT- DA AOUVIRCE E DA ALOMERCE