O DUALISMO E O PODER DA VIRTUALIDADE
A virtualidade possui uma característica dualista que, a nível psicológico, tem o poder de fazer o homem sentir-se acompanhado estando só. Uma contradição que, se vem ao encontro do desejo de sentir-se parte do grupo, esconde, por outro lado, o individualismo e a solidão. Um tanto dúbio isto, porque disfarça a verdadeira natureza social do homem que sempre buscou, no recôndito da alma, o aconchego, o carinho, o suporte da presença amiga. E, no afã de dividir seus sonhos e angústias, as pessoas se lançam nas redes sociais desnudando ou escondendo a verdadeira face. E nas curtidas, nos bate-papos, nas discussões e trocas de ideias virtuais cria-se a impressão de companhia, de que basta estender a mão em caso de necessidade pessoal que o amigo virtual, num passe de mágica, estará presencialmente ao nosso lado.
É o poder da virtualidade que embaça a visão, fazendo-nos esquecer, muitas vezes, que o homem não pode prescindir da presença, da mão, do afago, do abraço do outro homem. E quando falo no homem me refiro à humanidade, é óbvio. Porque, sejamos crianças ou adultos resolvidos, ainda trazemos no DNA a histórica lembrança do homem primitivo buscando a convivência grupal da caverna, movido pela necessidade de proteção e calor junto aos seus afins.
Giustina
(imagens Google)A virtualidade possui uma característica dualista que, a nível psicológico, tem o poder de fazer o homem sentir-se acompanhado estando só. Uma contradição que, se vem ao encontro do desejo de sentir-se parte do grupo, esconde, por outro lado, o individualismo e a solidão. Um tanto dúbio isto, porque disfarça a verdadeira natureza social do homem que sempre buscou, no recôndito da alma, o aconchego, o carinho, o suporte da presença amiga. E, no afã de dividir seus sonhos e angústias, as pessoas se lançam nas redes sociais desnudando ou escondendo a verdadeira face. E nas curtidas, nos bate-papos, nas discussões e trocas de ideias virtuais cria-se a impressão de companhia, de que basta estender a mão em caso de necessidade pessoal que o amigo virtual, num passe de mágica, estará presencialmente ao nosso lado.
É o poder da virtualidade que embaça a visão, fazendo-nos esquecer, muitas vezes, que o homem não pode prescindir da presença, da mão, do afago, do abraço do outro homem. E quando falo no homem me refiro à humanidade, é óbvio. Porque, sejamos crianças ou adultos resolvidos, ainda trazemos no DNA a histórica lembrança do homem primitivo buscando a convivência grupal da caverna, movido pela necessidade de proteção e calor junto aos seus afins.
Giustina