“Vice, só Aureliano.”
Durante muito tempo, ouvimos esse bordão do humorista Jô Soares, numa referência ao Vice-Presidente Aureliano Chaves. Na política, em qualquer que seja o cargo, dificilmente o vice se alinha com o titular. No início, tudo muito bem, mas logo surge o rompimento. É aquela ciumeira natural, por achar que o titular não lhe propicia alguma chance de substituí-lo.
Agora, mais uma comprovação dessa realidade. No momento em que o barco começa a minar água, na iminência de afundar, alguém que poderia ajudar a salvá-lo já sinaliza que vai cair fora. Sabe que o titular afundando, ele pode substituí-lo, resgatando o barco e assumindo o comando, como novo timoneiro. Entretanto, para os passageiros fica a dúvida sobre quem melhor navega nas ondas bravas do oceano. Navegar num mar calmo é muito fácil, mas diante dessa tempestade que se formou, certamente precisaria de um grande comandante. Será que o Vice, que não é Aureliano, vai dar conta do recado?