SE É PARA VARRER, VAMOS VARRER TUDO

Já que os Tribunais de Contas e o Poder Legislativo se mostram tão preocupados com crimes de responsabilidade cometidos pelos agentes do Poder Executivo deveriam estender as investigações a todos os entes federativos, quais sejam a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, bem como ao poder legislativo federal, estadual e municipal.

Com certeza essa medida muito iria contribuir para o processo de lisura, transparência e o correto emprego do dinheiro público, principalmente numa época de crise econômica em que todos esses entes federativos necessitam mais que nunca de verbas públicas para serem bem aplicadas na educação, saúde, segurança e tantas outras políticas públicas.

Não seriam difíceis tais providências, diante de tanta denúncia de improbidade com desvio de verbas públicas, pelo menos é o que a imprensa noticia cotidianamente, com irregularidade que vão desde ruas sem pavimentos e que constam como pavimentadas, até desvios de verbas da saúde, da educação, de obras inconclusas ou até fantasmas, da previdência dos funcionários públicos e de outras secretarias.

O método é simples, assim como é fácil filtrar fraudadores de impostos e identificar inadimplentes através do SPS e SERASA, também é possível constatar as práticas de desvios de verbas e outras formas de improbidade administrativa.

Uma das formas infalíveis é compatibilizar o patrimônio de servidores públicos com o que realmente eles percebem como soldos, proventos, vencimentos ou salários. Há muita ostentação por parte de certos agentes públicos que notoriamente são incompatíveis com seus ganhos.

É incrível como o executivo, o legislativo e povo não enxergam o que está em sua volta e só dá vistas ao que a imprensa a serviço de certos políticos corruptos deseja que tenha repercussão. A maioria desses políticos que estão a favor do golpe do “IMPEACHEMENT” da Presidente Dilma Roussef são em verdade, marcados pelo passado e pelo presente de suas atuações, com acusações de corrupções. Muitos destes, já exerceram cargos no executivo e nada fizeram em favor do povo, muito pelo contrário, administraram em benefício próprio e de empresários que financiaram suas campanhas, como o fazem enquanto mandatários de cargos legislativos.

Uma vez que acusaram a Presidente da República Federativa do Brasil por crime de responsabilidade simplesmente porque deixou de depositar verbas destinadas às entidades bancárias, para adimplir com as obrigações de programas sociais, também está na hora de mexerem em todos os entes federativos que, com a mais clara e pura certeza irão encontrar falcatruas em governos, prefeituras e distrito federal, principalmente nas secretarias de administração, finanças, obras, saúde e educação.

O início da varredura deve acontecer nas auditorias e investigações em licitações, funcionários fantasmas, desvios de funções e finalidades e em órgãos públicos municipais, estaduais e no Distrito Federal, nas administrações públicas diretas e indiretas, autarquias, agências reguladoras, fundações, consórcios e até ONGs. Se é para varrer a casa que não seja só o terraço, mas sim, a casa toda.