UM FERIADO ATÍPICO...*

Atualmente, devido a vários fatores, raramente viajamos nos feriados. Quase sempre é aproveitado para uma visita, ler, escrever, fazer alguma tarefa protelada, - e como têm! - lavar o carro e quem não mora em apartamento, uma tarefa que não têm fim, mesmo que se pague alguém para ajudar, o gramado e o jardim exigem permanentes cuidados...

Tudo parecia que teríamos um feriado bem tranquilo, apesar do frio e da chuva; na quarta feira faltou água, não nos preocupamos a princípio, havia a reserva da caixa, que daria para suprir a eventual falta, na quinta persistiu, ela, - a água. - extinguiu...

Sexta feira pela manhã, não havia o precioso líquido nem para fazer o habitual café matinal, quando nos lembramos que o vizinho da frente de nossa casa, tem um posso, batemos e contamos o ocorrido, quando, - para nossa surpresa. - abrindo a torneira da entrada, disse que fizemos uso a vontade, pois na sua casa não faltara água; em função disto nos “ligamos”, se a rede é mesmo, algo atípico estaria ocorrendo. Ligamos à Sanepar, depois de vencer a faze “burocrática” da ligação conseguimos falar com o atendente explicando o que estava acontecendo, desde quarta feira, na rua somente a nossa casa estava sem água. Não demorou muito veio um funcionário, examinou a parte interna da rede, e munido de um sensor, atravessou à rua, na direção que seria feita a ligação para nossa casa, cavou um pouco no local e a água jorrou, ligou para empresa e disse que antes do horário do almoço, seria sanado o problema...

Às três horas da tarde tornamos a ligar e explicar tudo de novo, a atendente o que estava acontecendo, após meia hora chegou o caminhão, munido de uma máquina de cavar, retirando a terra o funcionário refez a ligação; havia desconectado da rede, e a água se desperdiçava na rede fluvial.

Antes de irem embora, pedi para olhasse o registro, estava pingando, fez um reaperto, e ao mesmo tempo repôs o lacre que havia sido retirado pelo funcionário na primeira averiguação. Agradeci. A caixa enchia lentamente, o que estranhei, entrando no banheiro da esposa, observei a torneira da pia aberta; ela com a filha foram para habitual aula de pintura de sexta feira, condicionadas a usarem torneira, acabaram esquecendo aberta...

Refletimos pela nossa breve “carência”, ao mesmo tempo pensamos nos habitantes de inúmeros municípios brasileiros que estão vivendo meses com a falta de chuvas, afetando a agricultura, pecuária, e dependendo dos caminhões pipas que precariamente atendem suas necessidades, em face da persistente estiagem... Ao mesmo tempo, penso em mais de bilhão de seres humanos, que não tem acesso à água tratada, são cruciantes e angustiantes problemas que esperam soluções; num mundo que se gasta enormes somas, canalizadas às guerras, movidas por vis interesses financeiros dos que “lucram”, com ela, em que poderia ser empregado em questões prioritárias, acesso à água, energia elétrica, educação, moradia digna, quantas vezes já não abordamos sucintamente estes temas? E para muitos poderemos estar sendo repetitivos...

Muito embora já tenhamos o privilégio de termos atingidos sete décadas, não esmorecemos na Esperança de termos um mundo melhor, mais pacífico, em que todas as formas de violência fossem partes de um passado, de tristes lembranças, em função de alguns não cultivarem dentro de si, o respeito à vida, com os direitos de seu próximo de ir e vir, sem estas preocupações que nos envolvem hoje, mas que carecem de mudanças de comportamento dos que persistem de viver à margem das Leis...

“Sonhar” é preciso, pois se perdermos a Esperança, esmorecemos no sentido da própria Vida! Ela, - a Vida. - têm irrefutáveis indícios que há uma Planificação Divina, envolvendo a Criação, das Galáxias as incontáveis estrelas, agregando planetas, - abençoadas escolas de aprendizado. - dentre eles o nosso, nos dando guarida temporária, com os seus problemas, aguardando soluções, que depende de nós, não da omissão, mas da atuação de nosso comportamento, que refletirão nas grandes mudanças, almejadas desde a muito pela grande maioria dos seres humanos...

Curitiba, 10 de junho de 2.012 - Reflexões do Cotidiano - Saul

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Walmor Zimerman
Enviado por Walmor Zimerman em 06/12/2015
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