MOEDA DE TROCA, O JOGO POLÍTICO!

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Uma grande, complicada e indigesta moeda de troca, é no que se transformará a aceitação do pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff e seu vice Michel Temer, do PMDB. De acordo com o Art. 57 da Constituição Federal, no dia 23 teria o início o recesso parlamentar, - mas querem adiar. Se não for rasgada a Constituição, nada será decidido em 2015, nem contra Dilma e nem contra Eduardo Cunha, que está sendo investigado por possuir cinco contas já identificadas pelo Ministério Público Suíço por suposto envolvimento em corrupção da Operação Lava Jato, o que ele nega, mesmo com todas as provas contra si. Qualquer que venha a ser esse tráfico desfecho, os brasileiros sairão perdendo, caia Dilma ou Eduardo Cunha. Será que o texto constitucional será rasgado e jogado no lixo? Pela vontade de Eduardo Cunha, talvez, mas será que os deputados aceitarão essa ditadura e abrir mão do recesso para passar as festas de final de ano com suas famílias? Talvez, também!

Durante o recesso parlamentar, haverá tentativas de acordos, principalmente por parte do deputado federal bambu que enverga, mas não quebra; enfrenta temporais, mas não é derrubado, Eduardo Cunha. Em pronunciamento na TV sobre o processo aceito por Eduardo Cunha, a presidente Dilma Rousseff lembrou que não foi ela quem se elegeu presidente negando ter contas no exterior e disse que nada existe de concreto contra ela, até agora. Contudo, como os deputados federais do PT na Comissão de Ética anunciaram que votarão a favor do pedido de perda de mandato por quebra de decoro parlamentar por Eduardo Cunha, ele decidiu aceitar o pedido de um dos fundadores do PT, ex-candidato a vice-prefeito de SP em chapa junto com Luiz Inácio Lula da Silva, para tentar pressioná-la a fazer algum acordo.

Eduardo Cunha partiu para o ataque e denunciou que a presidente Dilma foi quem propôs a barganha: o deputado arquivaria o processo de impeachment contra Dilma e o presidente da Câmara não seria cassado. A presidente diz que foi uma reação política do presidente da Câmara, que adiou pela quarta vez o processo contra ele. Muita lama ainda passará pelo duto da corrupção política, dos acordos inconfessáveis e desde o dia 21 de outubro, o ex-fundador do PT, Hélio Bicudo, deu entrada no pedido de afastamento da presidente. Se haverá continuidade ou não nos dois pedidos, tudo ficará para o ano que vem, infelizmente, porque o Brasil está estagnado, estrangulado, sem moral ético, político, administrativo e institucional. Uma batalha se travará nos bastidores do poder.

A “Coração Valente”, está fazendo um sofrível Governo na condução da economia do Brasil. O país está paralisado, em todos os aspectos nos campos político, ético, administrativo e, principalmente, no econômico, desde que a presidente Dilma Rousseff permitiu e não interferiu na investigação da corrupção do Escândalo da Lava Jato, na Petrobras, responsável por quase 3% do PIB Nacional, com investimentos em diversas áreas, “doa a quem doer”. Até o seu líder no senador, foi preso por atrapalhar as investigações e tramar a fuga de Nestor Cerveró, para não denunciá-lo como um dos envolvidos. Depois do início das investigações, o Brasil parou e não se discutiu mais útil pera país. Políticos federais de ocasião, se aproveitaram dessa inércia do Governo Federal para criticá-lo duramente, com razão em alguns aspectos e exageradamente em outros.

Não defendo o Governo Dilma. Reconheço falhas em vários campos administrativos, mas também não acuso por ela ter decidido a enfrentar a corrupção herdada de governos anteriores, desde Fernando Collor de Melo à Lula, a quem sucedeu. De forma determinada, a presidente “Coração Valente”, não deverá se dobrar às tentativas de chantagens, acordos inconfessáveis e a campanha “Fora Dilma”, que está nas ruas há muito tempo.

Quem for podre que se quebre, ou quem tiver mentido mais que seja cassado!

carlos da costa
Enviado por carlos da costa em 03/12/2015
Reeditado em 03/12/2015
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