Era só um peixe-boi
Acho que me preocupei com Meio Ambiente desde sempre; desde muito antes do tema virar moda.
Creio que meu interesse nasceu da minha paixão pelas árvores, pelos bichos, pelas águas claras e fresquinhas. E daí se avolumou!
Com o tempo fui buscando aliar o amor, o carinho – e até o achismo – à técnica. Fiz cursos sem conta, retalhei meu tempo e achei um jeito de me aprimorar. Viagens tantas, conversas, olhares – de perfil; de viés.
Ainda tenho tanto que aprender. Ainda tenho tanto que pesquisar, mas quando acho um canal de comunicação busco sim dividir o que já sei, compartilhar aprendizados, porque meio ambiente não é meio de vida comercial, é meio de vida mesmo – é o desenrolar da vida que podemos ajudar a ser melhor.
Inda recentemente estive em Belém / Pará e, no Parque Rodrigues Alves, fiz uma longa vigília pra ver o peixe-boi respirar. Eu só queria uma foto, tinha muita gente ali na captura desta foto, mas o peixe teimava em não subir. Aí uma garotinha falou “pai, vamos ver outro bicho que são todos iguais e esse aí é um peixe-boi muito chato”, o pai concordou e lá se foram eles em busca da cotia ou de outro animal qualquer que topasse se expor de forma menos complicada (o que não é o caso da cotia, extremamente fugidia). Pensei que a garotinha não tinha razão, os bichos não são iguais, mas os homens – e incluí a garotinha aí – são muito parecidos. Não conhecem e geralmente não têm tempo de conhecer, o interesse é mínimo e destruir o que não se conhece é mais fácil; dói menos ou nem dói.