Ingratidão

Vivemos numa época em que os valores morais e espirituais estão relegados a segundo plano. Só se pensa em levar vantagem tudo. Quase ninguém liga para honra, dignidade, solidariedade, fraternidade, amor de verdade, gratidão ou qualquer sentimento cristão. É a época que quem dá as cartas e joga de mão é o materialismo. E seus amigos íntimos, o egoísmo, a vaidade, a ambição desmedida e a frieza de coração.

Dentre os comportamentos negativos e abomináveis, um dos mais perniciosos é a ingratidão. Nunca foi tão necessário lembrar o verso de Augusto dos Anjos: "A mão que afaga é a mesma que apedreja". Há algo nos ingratos que causa perplexidade: o ódio que eles nutrem pelo seus benfeitores. Traem quem os ajudou ou beneficiou, tornando-se seus mais radicais e agressivos detratores. A ingratidão enoja e revolta. Não dá para assimilar e conviver com um traíra. Lembro o caso de Brutus que Júlio César tratava como um filho, este ajudou a esfaqueá-lo no senado romano, ensaquentado antes de expirar o César pronunciou o maior libelo contra a traição: "Até tu, Brutus, meu filho?". Os Brutus de hoje são ainda mais cruéis e repulsivos.

É preciso também lembrar outros ingratos, aqueles que foram ingrtos com Jesus. O maior foi Judas, mas houve outros. Há uma passagem que ilustra outro tipo de ingratos. Jesus curou dez leprosos, mas só um voltou para agradecer. Hoje aconteceria o mesmo se Ele voltasse. Seriam mais cruéis e ingratos.

Não nego o progresso,as maravilhas da tecnologia, os avansços da ciência, mas a nossa época é órfã devalores morais e espirituais. Esses valores hoje são fruta braba. É muito triste. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 02/12/2015
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