FANATISMO
Na languidez desta tarde ouço um sabiá cantar no galho da pitangueira e então penso: Se Deus agraciou um pequeno pássaro com tão belo canto, não é insensatez matar em seu nome?
O Alcorão – Lá Iláha Ila Âlah: Mohamed Rassoul Álah – prega a “submissão à vontade de Deus”. A guerra e o ódio, não são com certeza Sua vontade.
Um povo que ora cinco vezes ao dia, jejua os trinta dias do nono mês e não faz uso de bebida alcóolica é um povo perfeito, religioso e sem vícios.
Aqui temos mulçumanos que vivem em paz e com amor a Deus ou Alá, o nome não importa.
O fanatismo não traz a paz, não respeita à escolha ou a fé de cada irmão.
O fanatismo faz com que suas crianças não conheçam o amor, elas adormecem ao som de artilharia, bombas e cedo aprendem a odiar.
O fanatismo faz com que se recrutem crianças para um batalhão vestido de negro marchando garbosamente com as mãos na altura da cintura, simbolizando a união dos fios do artefato que irá estraçalhar seu corpo jovem e levar com eles dezenas de inocentes, por uma luta incoerente. Isso é vontade de Alá? Que o Senhor de todos os homens – tenha ele o nome que sua fé O reconheça - se compadeça desses inocentes. Seu lema é “sei que vou morrer de forma violenta, mas convém que saibam que Eu tenho razão e também levarei muitos inimigos comigo”.
É pensando assim que as classes dirigentes e fanáticas, num processo psicopatológico sem paralelo, levarão a humanidade para a destruição da espécie com a superioridade de armas nucleares.