Biblioteca
Lembro-me com saudades, quando era jovenzinho, do atravessar a cidade para ir á biblioteca. Naquele tempo a biblioteca situava-se em outro lugar. Agora se mudou. Na verdade, só atravessou a rua.
A funcionária que me atendia era uma senhora graciosa, de óculos, que também gostava muito de ler. Segundo ela me disse quando comecei a pegar os livros, eu só poderia pegar dois, ficar com eles uma semana e se preciso fora, renová-los, quando não conseguisse acabar a leitura.
Mas o fato é que o tempo passou e virei frequentador assíduo da biblioteca. Pegava e entregava os livros (no começo) na data correta e no estado em que os tinha levado.
O certo é que, depois de algum tempo, passei a pegar vários livros, não apenas dois. Sempre levava comigo uma sacolinha de plástico (essas de mercado) quando não duas, pois sabia que com o peso dos livros uma só poderia facilmente arrebentar.
E jamais renovei um livro. Era o correto, mas eu não gostava. Acabava de ler tudo (ás vezes cinco, seis livros) e só depois é que os levava de novo, depois de um mês ou mês e meio. E a senhorinha nunca me disse nada. Acho que confiava em mim.
Em muitas ocasiões ela me ajudou na escolha dos livros, sempre me indicando os melhores. Lembro-me que, nos últimos tempos, já estava ficando difícil. Difícil para encontrar um livro do gosto, pois já havia lido praticamente todos os livros da biblioteca.
Depois, por algumas questões, deixei de pegar livros na biblioteca, só voltando a pegá-los pouco tempo atrás.
Mas foi um tempo maravilhoso, em que um menino, sem nada para pensar, atravessava a pequena e pacata cidade com a sacolinha cheia de livros.
Hoje, devido a várias questões, já não tenho a condição de pegar tantos livros na biblioteca. Mas, quando passo por determinada rua consigo ver, tanto o lugar onde ela funcionava antigamente quanto o local onde funciona atualmente. E ambas as visões, como também a lembrança da senhorinha, me enchem de saudades.
Lembro-me com saudades, quando era jovenzinho, do atravessar a cidade para ir á biblioteca. Naquele tempo a biblioteca situava-se em outro lugar. Agora se mudou. Na verdade, só atravessou a rua.
A funcionária que me atendia era uma senhora graciosa, de óculos, que também gostava muito de ler. Segundo ela me disse quando comecei a pegar os livros, eu só poderia pegar dois, ficar com eles uma semana e se preciso fora, renová-los, quando não conseguisse acabar a leitura.
Mas o fato é que o tempo passou e virei frequentador assíduo da biblioteca. Pegava e entregava os livros (no começo) na data correta e no estado em que os tinha levado.
O certo é que, depois de algum tempo, passei a pegar vários livros, não apenas dois. Sempre levava comigo uma sacolinha de plástico (essas de mercado) quando não duas, pois sabia que com o peso dos livros uma só poderia facilmente arrebentar.
E jamais renovei um livro. Era o correto, mas eu não gostava. Acabava de ler tudo (ás vezes cinco, seis livros) e só depois é que os levava de novo, depois de um mês ou mês e meio. E a senhorinha nunca me disse nada. Acho que confiava em mim.
Em muitas ocasiões ela me ajudou na escolha dos livros, sempre me indicando os melhores. Lembro-me que, nos últimos tempos, já estava ficando difícil. Difícil para encontrar um livro do gosto, pois já havia lido praticamente todos os livros da biblioteca.
Depois, por algumas questões, deixei de pegar livros na biblioteca, só voltando a pegá-los pouco tempo atrás.
Mas foi um tempo maravilhoso, em que um menino, sem nada para pensar, atravessava a pequena e pacata cidade com a sacolinha cheia de livros.
Hoje, devido a várias questões, já não tenho a condição de pegar tantos livros na biblioteca. Mas, quando passo por determinada rua consigo ver, tanto o lugar onde ela funcionava antigamente quanto o local onde funciona atualmente. E ambas as visões, como também a lembrança da senhorinha, me enchem de saudades.