TERCEIRA e BOA IDADE
Não gosto dos termos Terceira Idade e Boa Idade por considerá-los pejorativos além de serem produtos de exploração mercantil como são o Dia das Mães, dos Pais, dos Namorados, por não expressarem a realidade porque todos os dias são dias dos pais e mães, etc., etc. O primeiro lembra a classificação dada pela ONU ao estado de pobreza dos países além da marginalização, e o segundo por ser ironico. Acho, o estado senil, mormente acompanhado de achaques de saúde, o castigo divino para o pecado capital, se é que ele existiu, outro absurdo das religiões, pois ele atenta contra a imensa bondade do Senhor da Criação, atitude incompatível até aos pais carnais. Gostaria que as ONGs, defensoras dos idosos, fizessem uma campanha contra esses termos classificatórios, sobretudo preconceituosos. Vida é vida, seja ela nova ou velha e deve ser respeitada. E quem quer morrer novo? Ao 82 anos, pela maturidade adquirida, cheguei à conclusão por observação, que as pessoas que mantêm um comportamento caridoso de amor e respeito com o próximo, são menos vulnerável aos rigores da vida e atingem o estado senil mais tranqüilo, como se fora uma compensação.
Como a “voz do povo é a voz de Deus”, essas recebem na sua mutação física as homenagens lembrando tais qualidades, inclusive com a observação que dizem está na aparência de paz estampada na face do falecido. Como espiritualista, creio que estão sendo recebidas como alvíssaras por irmãos espirituais no além.
Portanto, a melhor forma de combater a senilidade não é desdenhando do idoso e nem em salões de estética e sim, “amando ao próximo com a si mesmo”.