Lava Jato II
Em 2014, a presidenta Dilma Rousseff euforicamente demonstrou muito otimismo sobre as conseqüências das investigações da Polícia Federal na operação Lava Jato. A presidenta disse que a mudança seria no sentido de que iria acabar com a impunidade que vem acontecendo há muito tempo no país, ressaltando:“A questão da Petrobras é simbólica para o Brasil. Acho que é a primeira investigação efetiva sobre corrupção no Brasil que envolve segmentos privados e públicos”. Realmente é verdade, mas, ao meu ver após as investigações policiais, ela mostrará mais eficiência se for rápida na execução das penas cabíveis (como já vem acontecendo). Destaco ainda a relevância de se acelerar a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) de número 300-A de 2008, que trata da unificação das polícias em todos estados do Brasil.
Outrossim, para o conhecimento dos brasileiros e brasileiras é bom relembrar que a minha amiga Dilma Carrasqueira, que vem acompanhando as minhas denúncias através da imprensa, sobretudo pelos jornais referentes à paralisação das obras do PAC me disse que em 2011 a Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab) deixou de realizar algumas obras do bairro de Campo Grande-Recife e que as mesmas não foram concluídas porque o projeto foi readequado estando em análise na Caixa. Cadê os milhões de reais, isto é, os R$ 19 milhões restantes, com mais R$ 7.318.810,53 que os governos federal, estadual e municipal gastaram? Um representante da Cehab disse em entrevista na TV que tudo estaria concluído naquele ano. Mas, em 2013, a Assessoria de Imprensa da Cehab informou que estava em andamento, com conclusão prevista para setembro de 2014. As eleições passaram, a equipe social do governo informou que a demora na conclusão foi devida à falta de matéria prima no País.
Ora, isto tudo sugere o que? Como o ex-governador Eduardo Campos, que já foi envolvido no Escândalo dos Precatórios, no governo Arraes, e foi um curinga no jogo da sucessão presidencial, morreu após acidente de aviação em Santos..., pode ter recebido também R$ 10 milhões do esquema de desvio de dinheiro na Refinaria Abreu e Lima, da Petrobras, segundo a reportagem da Folha de São Paulo de 03/03/2015. O dinheiro que teria sido pago ao ex-governador entre os anos 2010/2011, seria parte de uma propina de R$ 30 milhões que a Odebrecht teria pago... Para conclusão, as obras (sic) foram paralisadas pela crise na Petrobras com as denúncias da Lava Jato. Proponho uma nova operação, desta feita com a polícia unificada, podendo chamá-la de “Pente Fino” ou mesmo continuar no Lava Jato.