A prisão de Delcídio sugere algumas reflexões oportunas.
Claro que não pretendo atenuar a culpa do senador pilantra.
Nada disso!
Mas preocupa saber que um político, há pouco digno e respeitado, agora precisa ficar detido.
Como não estender a culpabilidade?
Como não desconfiar dos outros colegas?
Quase todos seriam comparsas que hoje vestem a "capa da inocência" até a Justiça os alcançarem?
Enfim, que seriedade esperar dos nossos parlamentares?
Não dá para dizer que etou exagerando, pois descobrir os atos ilícitos de um senador não justifica condenar os outros.
A velha frase musical "Se gritar Pega, ladrão!, não fica um, meu irmão!" faz sentido ou merece reprovação?
* No meio desse mar de lama, lastimo demais as delações premiadas.
Notem que a palavra honrada, confirmada através de um fio do bigode, conforme propõe a nobre tradição, perdeu espaço. Passamos a valorizar as acusações efetuadas por pessoas desprezíveis.
É muito importante entender que o acusado pode ser inocente e escapar da condenação.
Nossa imaturidade costuma transformar o cidadão mais correto no pior elemento apenas porque ele foi citado.
Isso é grave!
* O PT diz que nenhuma ligação tem com os erros de Delcídio.
Os petistas, imitando o companheiro Lula, nunca sabem de nada, não vêem coisa alguma, pouco observam.
As patifarias e os absurdos ocorrem ao lado, entretanto eles são sempre ingênuas freiras que nunca viram um varão nu.
* Enquanto a vergonha na cara seguir esquecida, a honra parecerá um tesouro escondido numa misteriosa ilha, localizada somente nos lindos contos de fadas do passado.
Homens de bem, onde estarão vocês?
Um abraço!