JUROS ABUSIVOS, ATÉ QUANDO?

(Com Algumas Lembranças...)

Sempre que há um feriado no meio da semana, nos dá a impressão que o dia seguinte é segunda feira. Mas na realidade, hoje é quinta feira, em que, para muitos as contas dos cartões de crédito começam a ser pagas.

No mês anterior, os nossos somente foram quitados, quando os bancos reabriram, - dia 18/10 - e este mês as faturas vieram com juros, cuja culpa não foi nossa, pois os mesmos estavam fechados com os bancários em greve e por coincidência também carteiros.

Ao recebermos as faturas do mês, vieram acrescidas dos juros extremamente abusivos; o “campeão” 19,59 am; 18,35 e 17,99 estas taxas absurdas foram cobradas por 13 e 9 dias de “atraso”.

Como as instituições financeiras podem justificar a “voracidade”, destes juros?

O Plano Real, completou 17 anos, (01/07/94). Entretanto, as autoridades governamentais do setor financeiro, não conseguem reverter este quadro da ganância exarcebada do setor financeiro, que relutam em trazer os juros ao patamar de uma economia estável há quase duas décadas, em que o nosso país tem o triste destaque de praticar os juros mais altos em face de uma economia estável. Não seria à hora do estado, - como elemento moderador da economia. - para coibir os abusos do setor financeiro? Tomando como base a aplicação na poupança, vai ter menos de 1% de retorno de seu investimento ao mês.

São gritantes as distorções de valores, que beneficiam uma minoria, em detrimento de uma grande maioria, que por motivos inesperados deixam de quitar totalmente uma fatura, que se torna impagável após alguns meses...

Num quadro de estabilidade, em que a inflação, - “pesadelo” de governos anteriores. - está controlada em patamares aceitáveis de uma economia em expansão; não há justificativas para a aplicação de juros completamente fora de nossa atual realidade econômica; vivemos as benesses de novos tempos, em que precisamos de urgentes mudanças no setor financeiro; que enriquecem poucos e empobrecem muitos; muito embora reconhecemos que estamos sendo repetitivos; a chaga do egoísmo é a mãe de todos os males.

Neste momento nos vem a nossa mente, os primeiros anos de nossa atividade de trabalho, jovem, recém casado, bancário, cuja remuneração, na época, não passava de um salário mínimo e meio; pagávamos aluguel, já tínhamos uma filha, e quando o orçamento entrava em dificuldade, recorríamos a um colega de trabalho do banco.

NL... Era solteiro; tinha se criado num seminário, não tinha ligação com sua família; deveria ter perto de quarenta anos, morava num humilde quarto na parte central da cidade; segundo ele, improvisava de modo precário alguma refeição feita no próprio quarto; quando algum colega necessitasse de algum valor recorria a ele; quanto aos juros era de 5% ao mês, pouco se falava em inflação, pois estávamos nos primeiros anos da década de 60. Trabalhamos neste banco oito anos, nossa vida tomou outro rumo, fomos atuar na área de comércio; pouquíssimas ocasiões tornamos a reencontrá-lo e com certeza já passou para o lado de “lá”. Curitiba, 3 de novembro de 2.011- Reflexões do Cotidiano- Saul Hoje é 25/11/2015 http://mensagensdiversificadas.zip.;net

Walmor Zimerman
Enviado por Walmor Zimerman em 25/11/2015
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