Eu acredito em destino

Quando eu era mais nova passava o domingo inteiro vendo tv. Quando dava a hora de começar os jogos de futebol meu pai sentava no sofá, trocava de canal e eu não fazia esforço para me opor, eu aprendi a gostar de futebol. É claro que isso não tem nada a ver com destino, mas foi nesse época, assistindo futebol com meu pai, que eu ficava pensando em como um vento pode mudar toda uma trajetória da vida. Sendo mais clara: o juiz não dá um pênalti e alguns minutos depois o time prejudicado pela não marcação da penalidade faz um gol. É normal que no fim do jogo todos digam "Era para ter ficado dois a zero!" e é aí que eu discordo e começa minha crença em destino. Se o pênalti fosse marcado existiriam três opções: 1) gol 2) o jogador chuta pra fora 3) o goleiro defende e nenhuma delas me garante que depois aconteceria um segundo gol. Era pra ser um a zero e ponto final. Cada uma dessas opções resultaria em caminhos diferentes, mas o destino seria o mesmo no fim das contas. Podeira haver uma expulsão, um empate ou até mesmo uma chuva, mas o jogo acabaria em um a zero.

Cada ação molda um caminho, mas no fim das contas o destino é o mesmo. Podemos prolongar ou encurtar, mas isso não é a gente quem escolhe.

Passei muitas tardes de domingo pensando nessa teoria maluca para a cabeça de uma menina tão nova até que anos mais tarde a teoria virou certeza. Eu o conheci. Estávamos no mesmo lugar, poderíamos ter esbarrado naquele show e nossa história ter começado naquele dia, mas, provavelmente, cada escolha que fizemos naquele dia fez com que o destino não se concluísse. A partir daquele momento o destino foi se afunilando, porque era pra ser, a gente tinha que se conhecer.

Trocamos breves palavras em um festival de tortas porque eu estava servindo refrigerante e ele precisava de um. A melhor amiga dele nos apresentou, ele interagiu comigo por rede social e fim do destino. Já estávamos unidos. O destino tarda, mas não falha. Então, acredite se quiser, se é pra ser, vai ser.

Delilah
Enviado por Delilah em 23/11/2015
Reeditado em 23/11/2015
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