O sentido das coisas e de tudo
Inicialmente sozinha entre tantos minutos inertes. Um mar virgem e um universo inexplorável à frente e como alcançá-lo?
Devem ser as luzes pálidas de Paris, outrora fulgurantes e mestras, que me turvam nostalgicamente os olhos e pensamentos.
O mundo mudou tanto, tanto e tão rápido, que o almoço virou janta de
dias atrás. E o pior é quanto ao pensamento que chegando ao cérebro
é avisado e aguardado ao RH da modernidade com condolências pelo
passamento de uma ideologia que só conseguiu o posto de utopia.
Mas o sol continua iluminando a todos e todo dia bate ponto. Basta
empurrar paro o lado as sombras turvas e nebulosas de uma nuvem
que não quer chover nas hortas em dias secos.
E diante de tanto tempo inútil e outros tantos absurdos soltos pelo espaço, eu me surpreendo pensando: Cadê o sentido das coisas? Será que eu soube, um dia, ou sei agora? Assim, me diga, caro leitor, se estou bem ainda, ou necessito urgente de um psiquiatra?