A morte da Playboy
1. Com a precisão inconfundível dos seus belos textos, Carlos Drummond de Andrade dizia que "de notícias e não notícias faz-se a crônica". Correta a observação do maravilhoso vate de Itabira.
2. Por isso, os cronistas - e não podia ser diferente comigo, embora ,entre eles, o menor -vivem de olho no noticiário à cata de um assunto (de uma notícia) que lhes ajude a escrever sua página; que pode ou não ser publicada.
3. Ontem à noite, nessa obstinada busca de um bom assunto (ou notícia), de pronto, com três me deparei. A pergunta imediata foi sobre qual deles eu deveria me debruçar para rabiscar a minha crônica.
4. Cito-as, para que o leitor tenha a ideia de como, pro cronista, às vezes, é difícil decidir sobre o que deve escrever; há sempre de se levar em conta se o assunto noticiado pode despertar algum interesse.
5. Os assuntos que recortei, foram publicados com destaques nas folhas de grande circulação. Indiscutível a importância de cada um, pelo menos para uma considerável parcela da população.
6. Ei-los: "Banco de dados reúne venenos que podem gerar medicamentos";
"Abril deixa de publicar a Playboy";
e o artigo do escritor Contardo Calligaris - A felicidade é deprimente - publicado na Folha de São Paulo.
7. Como vêm, são assuntos que cabem numa crônica, embora, a crônica, pela sua configuração literária, deva ser como um soneto, ou seja, dizer muito em poucas palavras.
8. Sem dúvida, o artigo do escritor Calligaris, dos três assuntos apontados, seria o mais difícil de ser comentado por este modesto cronista. Por isso, não vou além de indicá-lo à leitura, que poderá ser feita com a ajuda da Internet, posto que, ele já está nas páginas do jornal de ontem.
9. Sobre as notícias que falam da revista "Playboy" e do veneno dos bichos peçonhentos, sinto-me à vontade para comentá-los, aplaudindo um e quanto ao outro manifestando, publicamente, o meu desagrado.
10. Começando pelos peçonhentos, cujos venenos, podem, segundo o jornal, "gerar medicamentos". A notícia é alvissareira.
Transcrevo-a: "O projeto europeu Venomics já é considerado o maior banco de dados do mundo sobre as peçonhas, fonte potencial de futuros medicamentos (diabetes, doenças cardiovasculares, obesidade).
"Sua criação se dará a partir de uma base de dados que reunirá os venenos produzidos por serpentes, escorpiões, aranhas, anêmonas-do-mar, formigas, lagartos, entre outros."
11. E a matéria, finalizando, destaca que "na história da farmacologia já existem exemplos de medicamentos extraídos da pesquisa sobre peçonhas, como o antidiabetes Byetta (saliva do monstro-de-gila, um lagarto venenoso) ou o analgésico Prialt (veneno de um caracol), além do anti-hipertensivo Captopril, sintetizado do veneno da cobra Bothrops jararaca) descoberto pelo brasileiro Sérgio Henrique Ferreira".
12. A notícia que trata da decisão da Editora Abril de suspender a publicação da revista "Playboy", por considerá-la infeliz, deixo aqui o meu protesto.
Há 40 anos no mercado editorial brasileiro, a "Playboy", ao longo dessas quatro décadas, fez árdegos jovens e velhos assanhados sonharem "com elas", alimentando-lhes a libido; não há como e por que negar.
13. Vendeu horrores quando, como matéria de capa, publicou inesquecíveis reportagens sobre mulheres bonitas como Sheila Mello, Marisa Orth, Adriana Galisteu, Carla Perez, Maitê Proença, e tantas outras, na sua nudez plena,
Faturou milhões quando entregou aos nossos olhos as fotos de Joana Prado, a Feiticeira, e Suzana Alves, a Tiazinha, no esplendor de sua nudez.
14. A retirada das bancas da "Playboy", o que só deverá acontecer no próximo ano (ainda bem!), tem, segundo criteriosa análise, uma culpada: a Internet.
Sim, depois da Internet, as mulheres nuas nos chegam, de graça, pelos nossos celulares, I Pads e Notebooks. E que dizer daquelas que aparecem nas telas dos nossos computadores de polegadas máximas?
15. Decisão de um amigo meu chateado com a anunciada retirada da "Playboy" de circulação: vai comprar todas as revistas, até a última edição, e guardá-las nos seus arquivos; e me disse: "Carinhosamente".
16. E aqui vai uma indagação: quem, nos 40 anos de vida da "Playboy", deixou de comprar, pelo menos um exemplar desta gloriosa revista que, ao longo de todos esses anos, mostrou fascinantes mulheres, literalmente desnudas, algumas, hoje, perguntando aos seus espelhos se ontem foram mesmo assim... tão bonitas e tão "gostosas"...
1. Com a precisão inconfundível dos seus belos textos, Carlos Drummond de Andrade dizia que "de notícias e não notícias faz-se a crônica". Correta a observação do maravilhoso vate de Itabira.
2. Por isso, os cronistas - e não podia ser diferente comigo, embora ,entre eles, o menor -vivem de olho no noticiário à cata de um assunto (de uma notícia) que lhes ajude a escrever sua página; que pode ou não ser publicada.
3. Ontem à noite, nessa obstinada busca de um bom assunto (ou notícia), de pronto, com três me deparei. A pergunta imediata foi sobre qual deles eu deveria me debruçar para rabiscar a minha crônica.
4. Cito-as, para que o leitor tenha a ideia de como, pro cronista, às vezes, é difícil decidir sobre o que deve escrever; há sempre de se levar em conta se o assunto noticiado pode despertar algum interesse.
5. Os assuntos que recortei, foram publicados com destaques nas folhas de grande circulação. Indiscutível a importância de cada um, pelo menos para uma considerável parcela da população.
6. Ei-los: "Banco de dados reúne venenos que podem gerar medicamentos";
"Abril deixa de publicar a Playboy";
e o artigo do escritor Contardo Calligaris - A felicidade é deprimente - publicado na Folha de São Paulo.
7. Como vêm, são assuntos que cabem numa crônica, embora, a crônica, pela sua configuração literária, deva ser como um soneto, ou seja, dizer muito em poucas palavras.
8. Sem dúvida, o artigo do escritor Calligaris, dos três assuntos apontados, seria o mais difícil de ser comentado por este modesto cronista. Por isso, não vou além de indicá-lo à leitura, que poderá ser feita com a ajuda da Internet, posto que, ele já está nas páginas do jornal de ontem.
9. Sobre as notícias que falam da revista "Playboy" e do veneno dos bichos peçonhentos, sinto-me à vontade para comentá-los, aplaudindo um e quanto ao outro manifestando, publicamente, o meu desagrado.
10. Começando pelos peçonhentos, cujos venenos, podem, segundo o jornal, "gerar medicamentos". A notícia é alvissareira.
Transcrevo-a: "O projeto europeu Venomics já é considerado o maior banco de dados do mundo sobre as peçonhas, fonte potencial de futuros medicamentos (diabetes, doenças cardiovasculares, obesidade).
"Sua criação se dará a partir de uma base de dados que reunirá os venenos produzidos por serpentes, escorpiões, aranhas, anêmonas-do-mar, formigas, lagartos, entre outros."
11. E a matéria, finalizando, destaca que "na história da farmacologia já existem exemplos de medicamentos extraídos da pesquisa sobre peçonhas, como o antidiabetes Byetta (saliva do monstro-de-gila, um lagarto venenoso) ou o analgésico Prialt (veneno de um caracol), além do anti-hipertensivo Captopril, sintetizado do veneno da cobra Bothrops jararaca) descoberto pelo brasileiro Sérgio Henrique Ferreira".
12. A notícia que trata da decisão da Editora Abril de suspender a publicação da revista "Playboy", por considerá-la infeliz, deixo aqui o meu protesto.
Há 40 anos no mercado editorial brasileiro, a "Playboy", ao longo dessas quatro décadas, fez árdegos jovens e velhos assanhados sonharem "com elas", alimentando-lhes a libido; não há como e por que negar.
13. Vendeu horrores quando, como matéria de capa, publicou inesquecíveis reportagens sobre mulheres bonitas como Sheila Mello, Marisa Orth, Adriana Galisteu, Carla Perez, Maitê Proença, e tantas outras, na sua nudez plena,
Faturou milhões quando entregou aos nossos olhos as fotos de Joana Prado, a Feiticeira, e Suzana Alves, a Tiazinha, no esplendor de sua nudez.
14. A retirada das bancas da "Playboy", o que só deverá acontecer no próximo ano (ainda bem!), tem, segundo criteriosa análise, uma culpada: a Internet.
Sim, depois da Internet, as mulheres nuas nos chegam, de graça, pelos nossos celulares, I Pads e Notebooks. E que dizer daquelas que aparecem nas telas dos nossos computadores de polegadas máximas?
15. Decisão de um amigo meu chateado com a anunciada retirada da "Playboy" de circulação: vai comprar todas as revistas, até a última edição, e guardá-las nos seus arquivos; e me disse: "Carinhosamente".
16. E aqui vai uma indagação: quem, nos 40 anos de vida da "Playboy", deixou de comprar, pelo menos um exemplar desta gloriosa revista que, ao longo de todos esses anos, mostrou fascinantes mulheres, literalmente desnudas, algumas, hoje, perguntando aos seus espelhos se ontem foram mesmo assim... tão bonitas e tão "gostosas"...