SOBRE O DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA
SOBRE O DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA
Ontem assistindo numa reportagem na televisão os relatos das pessoas sobre situações que que já passaram sobre racismo, lembrei de uma que senti na pele, queimado do sol fui confundido com o estereotipo de negro, então ouvi quando a mãe de uma colega disse:
- Fulana tem um negrinho no portão, veja o que ele quer! Nada além disto, mas o tom de voz foi o suficiente para que eu entendesse como acontece a discriminação.
As infinitas vezes que senti na alma a humilhação de ser discriminado foram somente por ser pobre, pois trago somente caracterizado externamente o genótipo de meu tetravô, resultante do estupro sofrido por minha minha tetravó, pelo "senhor" quando ela escrava tinha 15 anos.
Da boca para fora não há discriminação, mas no dia a dia sim. Fico assistindo o quanto teremos que evoluir nestas questões, o quanto teremos que nos desprender do ódio.
Ódio que parte de tudo que é lado. Outro dia li num outdoor o anúncio de um show com a banda - "Raça Negra" e fiquei me indagando se não seria caso de polícia qualquer coisa que viesse batizada de "Raça Branca" ou uma camiseta estampando: "sou branco com muito orgulho"!