Facebook (mas nem sempre!)
Facebook (mas nem sempre!)
O facebook passou a ser a voz e a coragem daqueles que querem falar e se calam; mas bradam em pequenos textos. Petardos e indiretas-diretas fazem da rede social uma vingança individual, mas com ataque coletivo. Todos, de alguma maneira, sentem-se alvo de palavras e ameaças construídas em pequenas pragas
Cópias de frases feitas e recadinhos sustentam essa sociedade repleta de amigos-inimigos; e o curtir e se sentindo aliviado mostram a participação de todos nesse joguinho e joguete de pessoas.
As frustrações são compartilhadas, forma de dividir as angústias, logo, recebem o aval para as pequenas agressões, tudo feito na surdina, contudo, escancarado para todos verem e lerem. A vingança é construída com empréstimos de citações e imagens. A criatividade é a cópia recopilada para agredir o único, mas todos se sentem importantes e tomam para si tal ataque.
Os amigos-inimigos não sentam em bares nem dividem a cerveja, porém, compartilham momentos, forma de aperto de mão virtual.
Pragas são rogadas, ameaças feitas... a vida na rede social se resume (nem sempre) ao desabafo individual e a uma raiva -inveja frustrada - que grita em posts copiados e direto, mas que atinge a todos. Quem é o alvo?
Falta maturidade para conviver e con-viver, assim, o facebook representa uma sociedade falida virtualmente, porém, com amigos-inimigos aos montes, mas que só servem para ser aval de palavras copiadas e sem a originalidade discursiva.