MÚRCIA E O BOITATÁ

MÚRCIA E A LENDA DO BOITATÁ

A Espanha é palco de diversos tipos de paisagens naturais, principalmente nas áreas mais próximas ao Mediterrâneo, como é o caso da região de Murcia, onde há uma diversidade fantástica na sua geografia. As estradas com seus magníficos viadutos, ora driblando os montes, ora mergulhado neles através dos túneis, verdadeira obra de arte da engenharia espanhola. Os veículos penetram atravessando serras e montes de forma fantástica. Dá-nos a impressão de agulhas atravessando o novelo de linha, e saindo do lado oposto.
Pesquisando a respeito desta maravilhosa região espanhola, encontramos um documentário excelente que conta toda a história natural de Murcia de uma forma bem didática, envolvente e prazeroso. Múrcia é uma cidade histórica, situada no sudeste da Espanha. Vale apena conhecer. Remontam a três séculos antes de Cristo, quando esta cidade se chamava Quart Hadast.
O nome Múrcia é de origem mitológica significa epíteto de Venus a que consagrava murta. É considerado um nome difícil pelos numerólogos. Que buscam decifrar na mitologia o destino social de uma cidade.
Foi sob o domínio romano que Múrcia viveu os seus maiores momentos de esplendor, chegando a ser uma colônia romana denominada Urbs Iulia Nova Cartago. Tendo baseado a sua economia na indústria mineira e no mar. No seu porto, cujas instalações, atualmente, contam mais de 2000 anos de existência. Ainda assim são umas das mais importantes da Espanha.
O fim do Império Romano nesta cidade trouxe consigo o fim da prosperidade da época. As passagens dos Vândalos, e dos Bizantinos não deixaram grandes vestígios, mas sim, marcaram a historia por grandes lutas.
Batalhas e guerras, entre os que edificaram e os que afundaram a cidade. Até que em fim, quando decorria o ano 734, caiu sob o poder dos Muçulmanos, que iniciaram a sua recuperação como cidade.
Em 1245, o Príncipe Alfonso - posteriormente Alfonso X, intitulado como: El Sábio - conquistou a cidade, que recuperou a sua condição de sede episcopal, mas sem mudar o seu rumo decadente.
Só mais tarde, no século XVIII, Múrcia recuperou a sua antiga importância. Quando a cidade começa a crescer economicamente, graças à intensa atividade mercantil que até então era reduzida. Multiplicando a sua população, para mais de 50.000 habitantes Murcia desenvolveu rapidamente. A extração mineira ativou a indústria e o comercio, e começou um período de crescimento, que a levou a prosperar até os dias atuais.
Murcia é cultura, é historia e é riqueza. Desde os Muçulmanos até hoje, o legado cultural que esta cidade foi adquirindo foi muito importante, daí que esta cidade seja, atualmente, um local cultural especial da costa levantina.
No agro negocio a região de Múrcia, sudeste espanhol, destaca-se com a mais alta produção de leite de cabra. De origem da raça de cabra Murciano-Granadina, a cabra com melhor produção de leite do país. É um animal rústico, bem aclimatado ao calor e a aridez das regiões mediterrâneas, mas com séculos de seleção genética corresponde com alta produção de leite. Os atributos deste animal incluem uma anatomia estilizada, uma pele de cor entre avermelhado e escuro, com grandes habilidades migratórias para aproveitar pastos e uma grande capacidade produtora de leite, obrigada a ter grandes ubres.
Sua capacidade produtiva, com uma só sessão de ordenha diária, e um parto anual, pode chegar a800 kg de leite por temporada de lactação, com valores médios de 5.4% de gordura, 3.6% de proteína e 14.5% de matéria seca, o que significa um estupendo rendimento para produção de queijo.
Outro ponto que chama a atenção ao visitante em Múrcia é o folclore da cidade. Fiquei encantado com as lendas, e a que me chamou atenção, foi à lenda da cobra grande, conhecida como o boitatá, no caso deles, é o boitatá espanhol. Interpretada em espanhol igualzinha a brasileira, ou copiaram a nossa, ou então nossos interpretes folcloristas copiaram a deles. Provavelmente a segunda opção é mais viável uma vez que o Brasil ainda é uma criança considerando-o como um adolescente latino americano, levando em conta a diferença de idade entre o novo e o velho mundo.


















 
Geraldinho do Engenho
Enviado por Geraldinho do Engenho em 17/11/2015
Reeditado em 17/11/2015
Código do texto: T5451488
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