COMUNIDADE JAPONESA, CASAMENTO E RELIGIÃO

Muitas cidades já celebraram e muitas outras vão celebrar o centenário da imigração japonesa em sua localidade. No bojo dessa comemoração, incluíram os 120 anos do Tratado de Amizade Brasil-Japão, recebendo até a visita do Casal Imperial e de artistas famosos.

Mas sobre os assuntos enfocados no título, não vimos sequer comentários, por se considerarem, por muitos, como já corriqueiros. Se se trata de algo comum, mas ocasiona reflexos inusitados em nosso cotidiano. Lendo os editais de casamentos, entre dez envolvendo nikkeys, constata-se que somente dois são da mesma origem. Oito são interétnicos.

Consequências são observadas nas associações nikkeys. Estão envelhecendo cada vez mais. Raros o ingressos de pessoa de meia idade.

Na religião tradicional o fenômeno se repete. Não poucas famílias questionam o que fazer com o Butsudan - ao altar Budista – que era mantido pelos seus pais e agora não servem de nenhuma utilidade, já que seguem outra crença.

Segundo conceituado Monge, se ninguém da família nem conhecidos, nem o Templo se dispuserem a aceitar, a solução e incinerá-lo. O mesmo religioso lamenta que tenhamos chegado a tal situação. Faltou ensinamentos dos pais e dos monges que usando somente o japonês não incutiram nos jovens a importância do Budismo em nossas vidas

Yoshikuni
Enviado por Yoshikuni em 16/11/2015
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