A natureza e sua beleza ameaçada de morte, o rio com suas vertentes e seres viventes que alimenta tanta gente agonizou até a morte.
Os peixes se debatem em busca da vida, uns morrem outros sufocados, boiam como espuma perdida, agonizando, chegam à margem
pedindo água cristalina e oxigênio neste instante.
Os animais atolados, pessoas soterradas e a cidade em prantos.
Famílias choram a perda de seus ente queridos, suas casas e seus animais desaparecidos.
O Rio Doce, não é mais Doce, não é mais Rio, transformou-se num lamaçal.
A tristeza se propaga entre os povos, o barulho ensurdecedor da correnteza lamacenta que leva o sonhos sonhados de tanta gente, segue aceleradamente engolindo os seres viventes.
Carregado de metais pesados, morrem todos os peixes que não deixaram chegar às mesas, alimento ideal.
O ser humano propaga tanta desgraça, a ganancia os afasta da beleza da natureza por alguns reais.
Tragedia anunciada, não foi fatalidade, foi descaso acima de tudo e de todos, ceifaram tantas vidas humanas, vegetais e animais.
Será que a tragédia como essa, fará com que o homem tenha sentimentos menos egoístas, e vejo o outro como seu irmão? Ou será como Caim e Abel amargos como fel?
O mundo está repleto de seres incertos perdidos em si mesmo.
Apesar do mal provocado pelo homem ambicioso, ainda resta uma esperança, vejo uma luz no fim do túnel, "a criança."