Que tamanho tem a dor nossa de cada dia?

Que tamanho tem a dor nossa de cada dia.

Temos nós pessoas vividos tempos difíceis dia após dia, seja aqui na America do sul, America central, America do norte, Ásia, Oriente médio, Europa, África do norte, África central, África do sul ou Oceania, enfim são tempos difíceis para todos, as tragédias e barbárie tem assolado nosso planeta por inteiro como um todo.

A dor que sentimos e que o outro sente do outro lado do planeta não pode e nem deve ser medida ou pesada e usar sempre do argumento que “minha tragédia é maior que a do outro, por isso se tem sofrimento maior e a vida me cobra mais, por que sou pobre e o outro rico...” sinceramente isso não é humanidade, mas sim um profundo sentimentalismo de egoísmo excêntrico e acredito ser ainda mais um grave complexo de coitadinho o que torna tudo ainda mais grave e diria absurdo, absurdo sim ver e ouvir pessoas que muitas das vezes se dizem esclarecidas correrem para redes sociais e se prontificarem em discursos vazios medir o tamanho da dor que se sente aqui, na França ou em todos os outros países que também lamentam suas perdas e lutam por um tempo menos violento que os dias atuais.

Tudo são dores e profundas que deixaram suas cicatrizes na vida de cada um, mas em alguns serão ainda mais profundas e inesquecíveis que de outros e assim sucessivamente este ciclo vicioso de ganância desenfreada, terrorismo e tragédias ambientais se manterão ate o momento em que nos conscientizarmos e buscarmos de volta a nossa própria humanidade e deixarmos de querer que de forma ate midiática nossa dor seja maior e mais profunda que do outro irmão, sim digo irmão já que é desta forma que todos se colocam diante dos holofotes e querem fazer da dor o seu espetáculo particular, então que busque ser realmente humano e compreender o momento de cada um na proporção que lhe cabe ser solidário, temos que buscar reencontrar a essência do amor que não mais se tem entre seres que se dizem dotados da capacidade de tal sentimento e, no entanto opta pelo individualismo, egocentrismo puro carregado de soberbas e valorização do que é material e superficial ganância pelo poder desmedido e acumulo do dinheiro que pode levar mais próximo do poder e na maioria das vezes nem se percebe que não necessariamente quem tem o dinheiro detém o poder e vice e versa.

O que verdadeiramente se necessita neste momento em que atravessamos seja aqui ou em qualquer parte deste nosso planeta é uma reflexão ainda maior sobre, O que somos? O que queremos? E aonde chegaremos se nos mantivermos nesta trilha em que cada vez mais perdemos um pouco de nossa própria humanidade e tudo tem se tornado tão obsoleto que cada vez mais se importa menos verdadeiramente com o outro. Se não der ibope como se diz não é importante e pode ser ignorado, alias esta é a palavra correta ignorar é o que mais se conjuga em tempo presente ignore se não vai dar curtida e ou comentários na grande rede.

E ignorando tudo e todos, estamos indo a passos largos ligeiros para o nosso próprio extermínio, sempre transferindo ao outro a responsabilidade de resolver problemas que são de todos que ocupam este planeta. O momento não é de se medir ou pesar quem tem a dor maior e mais pesada, mas sim de fazermos esta reflexão e buscarmos de volta o caminho para a nossa própria humanidade.

Pois o cristo em que a maioria crê não mediu a dor que sentiu e nem pesou a cruz que carregou por todos.

Mauricio Cláudio

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MAURICIO C Ferreira
Enviado por MAURICIO C Ferreira em 15/11/2015
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