AUSÊNCIA.
E depois de muita ausência percebemos que conseguimos viver sem o outro e ser feliz.
Aprendemos que é melhor a distância que as discrepâncias entre os modos de sermos.
Descobrimos que os laços de sangue não são,por si só,motivos para amar ou sermos amados.
E assim,vamos nos desvendando a medida que vamos abandonando os fardos que nos impuseram e que não eram nossos,a medida que vamos tomando consciência da dignidade que nos foi roubada,da liberdade de exercermos nossa individualidade, que nos foi tolhida,a medida que tomamos consciência de que ter consciência do que nos tornamos,é motivo de orgulho; a medida que aprendemos que a felicidade alheia não é nossa responsabilidade,assim como a infelicidade dos mesmos;não é motivo para nos tirar o sorriso do rosto.
A medida em que nos despimos dos trajes que outros confeccionaram para que nós vestíssemos e passamos a usar,apenas o que nos faz bem. (eu)