MEDO.

“Não tenha medo de coisa alguma, ou de nada. Não tenha medo das fraquezas humanas, nem dos mistérios de Deus.” Papa João Paulo II.

Ter medo de pessoas é relativo. O mundo se insere entre o medo, subjetivo, e o temor, objetivo.

O medo surge da surpresa e do inesperado que impossibilitam defesa, e por isso são qualificadoras dos crimes consumados. Não tenha medo de seus iguais, pessoas, tenha receio de suas ideias. Ideias geram surpresas, definiram encaminhamento dos povos, vitórias ou derrotas.

Quando o medo se estabelece por razões de tiranias de deuses desconhecidos ele ultrapassa a efetividade e avança na patologia, este o maior perigo que justificaria o medo. Tiranias do absurdo não possuem medidas de avaliação, e o que não se mede por razoabilidade não se pode ponderar.

Ideias de lamentável conteúdo, cerceadoras de liberdades, são mais que temerosas quando resistem à civilidade mínima e se vestem de barbárie. Qualquer submissão que não seja por representação coletiva é desastrosa. Submissões enegreceram as páginas do curso da humanidade pela escravidão em todos os sentidos, desde a pura e simples liberdade de ir e vir, razão maior de existir, até a escravidão da escolha, mesmo religiosa, que em princípio seria livre.

Os ismos estão a dar testemunho, nazismo, fascismo, comunismo e agora islamismo.

Os falsamente educados, facilmente doutrinados, especialmente os excluídos, negociam suas consciências. Nada têm, e esse é o proveito dos aliciadores que sustentam o processo de esvaziamento de vontades e aspirações, preenchendo o que os aliciados nunca conseguiram; prestígio, subvenção material e promessa de alturas desconhecidas.

João Neves da Fontoura, acadêmico, nos deixou esta certeza que afasta o medo:

“O Sol e a Lua realizam sem atrito o poema dos dias e das noites. Cá embaixo - condição da vida ou castigo divino - nunca uma ideia triunfou sem batalha ou uma civilização conquistou o seu lugar ao sol sem pagar um pesado imposto de sangue e sofrimento”.

A esperança é que se forme o poema dos dias e das noites recusando fortemente o medo. E que a luz do sol sempre brilhará.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 14/11/2015
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