SANGUE E SOMBRAS NA CIDADE LUZ; PARIS.
O homem é parte da natureza. Seu mais excelente ser vivo, por pensar, ter sentimento, alma. Sua alma bebe sequiosamente o que é belo, como a mais bela cidade, Paris. Sedutora e cativante envolve e apaixona.
A natureza declara guerra em seu próprios elementos, do que contraria a beleza, como o inverno enfrenta as forças da primavera, acontecimento devastador como o homem e suas dissenções culminadas em combate, em guerras. É um desenrolar longo como a história do homem.
Todos se inserem nesse processo, muitos morrem por algo que pouco ou nada compreendem, como um Deus terrorista. Como compreender a violência de uma crença que degola por infidelidade a um Deus tirano? Só esse deus (minúsculo por ser restrito) é possível, verdadeiro (como a transcendência fosse verdade palpável, excluída a fé como acesso) e acreditado. Nada mais subsiste. Inicia-se a impossibilidade do alcance do que a inteligência não alcança. Nunca a desgraça e o sangue serão vizinhos do belo, da beleza que entra pelos olhos e pelos poros, fazendo transpirar felicidade.
O homem é natureza, não tem sangue nas mãos, mas vontade de ser feliz, e a felicidade não é sanguinária.
Os que buscam a calma e a paz eternas passeiam pelo romance e pela boa vontade. O patrocínio da vontade pessoal férrea, realizar ideias, é como a primavera que se espera e se busca ingloriamente nunca se encerrar. Isto faz parte do plano de Deus colocado no Planeta, o Deus deísta, teísta, mas o Deus, o Primeiro Movimento das crenças, das crenças que não matam e degolam aterrorizando. Carnificina não é religião, é crime.
É triste ver uma cidade adjetivada de luz sob as sombras do terrorismo, a bela Paris, meca de tudo e de todos que sufragam o bom gosto e a arte.