O SOL POR TESTEMUNHA...

Era mais um dia de verão, sol escaldante de meio dia. Ela estava indo para sua rotina normal à escola, com sua sombrinha em punho, acessório indispensável para o horário; bolsa do lado contendo seus livros, saia jeans, blusa verde combinando com o cinto, sandália rasteira e livros na mão.

Há poucos quarteirões da escola ela ouve um barulho de moto que lhe soou familiar, não podia acreditar no que estava ouvindo, aquele barulho foi como uma nota musical de um concerto sinfônico que fez seu coração acelerar.

Cada vez chegando mais perto o vulto, apesar de o sol atrapalhar a visão, ela identifica a moto de cor prata e logo quem a pilotava. Um homem bem suado e empoeirado, camisa manga longa desbotada, calça jeans surrada fruto de seu trabalho na lavoura.

Ele aproxima-se cada vez mais, vem em sua direção só que não a reconhece, ela rapidamente acena para aquele moço sem restar sombra de dúvidas que seria seu grande amor. Ao chegar veio em direção a ela, seus olhos se encontram e começam a brilhar como se os dois tivessem hipnotizados. Naquele momento as ruas estavam desertas apenas o sol por testemunha.

Corpos se aproximam e se abraçam forte, em seguida seus lábios se encontram sem importar o local e horário. Sua vontade era despir aquele corpo sujo e suado, pois o desejo era mais forte e a emoção tomou conta daquele casal. O despertar da sirene da escola fez o par voltar à realidade, aquele momento que durou poucos minutos, mas que foi o bastante para ambos aproveitarem e se deixar levar pelo mais puro sentimento do amor.

Despediram - se com um breve e caloroso beijo ela à escola ele para sua casa, cansado, mas feliz. Eles mal poderiam esperar o sol sair de cena e dar lugar a uma noite de estrelas.

Antonilde Garreto
Enviado por Antonilde Garreto em 11/11/2015
Reeditado em 11/11/2015
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