"NEGRO, PRETO, MACACO? Crônica de: Flávio Cavalcante

NEGRO, PRETO, MACACO?

Crônica de:

Flávio Cavalcante

Tudo é uma questão de visão. Devemos ter na consciência de que ser negro, Preto ou macaco não se trata de uma doença como muitas pessoas negras de posicionam e o país contribui alimentando ainda mais a revolta dos que se sentem ofendidos com tantas asneiras. Será que o país não está sendo preconceituoso com essas leis retrógradas, dado valor à tanta coisa fútil, com tantas outras coisas mais importantes para serem vistas?

Me chamam de cabeludo e no entanto não tenho um fio de cabelo na cabeça. Será que eu tenho direito à cota em Universidade se eu me sentisse discriminado? Já me chamaram de branco azedo, mico leão dourado. Até me senti o próprio. Fiquei até com inveja. Eles além de serem bonitinhos tem cabelos até na orelha e no meu caso sou totalmente desprovido e também sou desprovido de qualquer revolta.

A vida já é uma batalha imensa pra se preocupar com minha cor, raça ou mesmo querer que o país tenha pena deles além de dar esmola de cala a boca desmoralizando ainda mais a classe chamando-os de incapazes e eles são coniventes com as leis. Pára com isso Brasil preconceituoso. No dia que a mãe gentil se preocupar em cuidar de um berço esplêndido digno sem distinção de raça, cor ou posição social, no dia que este país deixar de ser preconceituoso e hipócrita com uma minoria que se sente ofendido ele passa a ser consciente e o preconceito não existirá.

O fomento de situações errôneas encontradas no nosso dia a dia gera uma guerra de massa. Essa semente é maléfica e vai sendo regada a ponto de gerar frutos ruins e indestrutíveis.

O feriado que se aproxima é o da consciência negra. No meu ponto de vista se fosse para comemorar o zumbi dos palmares como um folclore Cultural de uma cidade da nação seria até louvável e oportuno, mas não é bem esse o significado. E é por causa dessa visão lamentável do nosso país que acaba virando um tsunami de revoltados e preconceituosos com a própria cor. Foi feito uma pesquisa perguntando a várias pessoas negras e se elas são satisfeitas com a pele. A resposta da maioria foi de impressionar que mudaria de cor se houvesse a oportunidade. Isso conota a discriminação por eles mesmos. A consciência é de cada um. A forma física é vista de maneira diferente de cada um ao se olhar no espelho.

Ser pobrezinho de espírito é uma questão de personalidade, não uma questão de cor e raça. O precisa mudar é a consciência do homem que precisa deixar a bobagem de se preocupar com massagem de ego e aprender a ser mais humano e o governo precisa acabar de uma vez por todas com essa mania de incentivar o erro e deixar bem claro que somos todos iguais perante a lei. Se o negro tem regalias pelo fato de se achar discriminado e o país é conivente. Eu também quero ser beneficiado, sim. Eu como branquelo, sou cidadão, pago meus impostos e não admito essa discriminação pelas leis do país que é notório que a balança tá pesando para um lado mais que o outro.

Que tal a sugestão de não tratar ninguém com diferença e fazer com todos a diferença?

Flávio Cavalcante

Flavio Cavalcante
Enviado por Flavio Cavalcante em 08/11/2015
Código do texto: T5442011
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