IDEOLOGIA E ANALFABETISMO.

Analfabeto não tem ideologia. Por quê? Por agir por instinto.Não existem condições para aferição. Muitos letrados que abraçaram restrições de liberdade, como se pensa fizeram os cristãos novos nas "ecclesias" com base em uma igualdade que se exige até hoje, com respingos na teologia da libertação, que confundiu os desinformados,mudaram de posição. Não havia prejuízo da liberdade, se pretendia a divisão da oferta da natureza, e somente. Muitos que adotaram o erro o revisaram. A liberdade era a máxima ensinada,inclusive a escolha do caminho, sem restrições de qualquer espécie quanto ao modo de vida. Liberdade acima de tudo.

Ideologia não se faz linear com trocas por necessidade, como dizia Gibran, “ o que é a necessidade senão a própria necessidade?”. E a necessidade não sedimenta ideal, forma consectários de pluralidade. O analfabeto não pode entender isso. Caminhou por rudimentos, entre a fome e a sobrevivência, e confunde ideologia com resquícios de individualidade. A ideologia forma outros espaços, maiores, que os analfabetos nunca entenderão, falta substrato e profundidade. Ideologia política compatibiliza-se com abrigar sua construção científica.Como entender sem estrutura complexidades sociais que ganharam vulto e fracassaram? A linha do tempo, centenária em digressão, nos leva a George Hegel, um ocultista alemão que entendeu uma dialética de metamorfose mental. Um mero visionário. Essa filosofia demonizada alimentou o fervor anticristão de Karl Marx,um hegeliano de esquerda, e de Lênin e Stalin, meios e armas de guerra contra o espírito cristão. Uma infantilidade. Afinal, a solidariedade comunista, de braços com o "Espírito do Mundo" de Hegel, significava a busca infantil e castradora do maior bem humano, a liberdade. Uma visão coletiva pobre da impossível igualdade que a natureza rejeita. Como o analfabeto, sem estrutura, estudo ou conhecimento irá ter critério de valor coletivo, ideológico?

A comida no prato, a satisfação de necessidade por sua própria necessidade não tem o condão de abrir portas do entendimento.

Além disso, a esperança das massas precisa ser colocada em uma utopia terrena, não nas promessas imutáveis do Deus da Bíblia, como era a profecia do materialismo que esquecia que o espírito cristão prega a liberdade sem desconhecer a inexistência de absoluta impossibilidade da igualdade pregada e pretendida pelo materialismo que não pode existir. Ninguém é igual a ninguém em dons, embora seja igual como pessoa.

Basta fazer uma retrospectiva dos resultados para ver o fracasso dos banhos de sangue promovidos por Lênin e Stalin, por uma igualdade impossível. Embora as massas humanas tenham sido forçadas a obedecer, a Utopia sonhada tornou-se um pesadelo mortal.

Antonio Gramsci foi o primeiro líder comunista a ver no meio da ilusão. Como distinguir o analfabeto a judicialização de meios gramscianianos da ruptura pregada pelo comunismo ortodoxo? Seria pedir muito.

Embora firmemente comprometido com o Movimento Comunismo global, ele sabia que aquela violência fracassaria e não conseguiria conquistar o Ocidente. Por isso a doutrina gramisciniana deu alguns passos. Não é tão obtusa.

Que seria de um fascismo reiterado, repudiado e asqueroso, se Mussolini não fosse morto em uma trave na Itália, pendurado de cabeça para baixo. O Duce, acabou com todos cuspindo em seu rosto. Seria uma ideologia o que pregava? E o Duce seria um messias de uma ideologia nova? Seria um ideólogo do “nada", sem ser analfabeto, embora tivesse ao menos uma retórica, diversamente de analfabetos em tudo, que tratam de ideologia sem saberem de que se trata.

Que falem do que conhecem os analfabetos, e que estudem antes de declinarem o que seja ideologia.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 07/11/2015
Reeditado em 07/11/2015
Código do texto: T5441184
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