O ÚLTIMO ABOIO - In Memória: Pedro Nogueira

Gênero: poesia > Mensagem > Crônica

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PEDRO NOGUEIRA +02/11/2015 In Memória

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Hoje a gente se despede de uma forma simples,

De um homem simples,

Que com simplicidade nos deixou o exemplo do Companheirismo e da Fidelidade.

Expressos em 94 anos de vida e 70 anos de casado.

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O exemplo do Trabalho, da Lida do campo e das responsabilidades que a compõem.

O exemplo da Maturidade.

De quem conhecia o tempo certo de plantar e o dia certo de colher.

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__ Pedro Nogueira, O VAQUEIRO!

Do aboio espontâneo falando sempre de sua lida do campo.

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__ Pedro Nogueira, O POETA!

Seguido sempre de uma prosa que guardava na ponta da língua pra dizer num momento oportuno.

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__ Pedro Nogueira, A ENCICLOPÉDIA ambulante desse sertão!

Conhecedor das Chapadas, das maiadas, das matas, das soltas, dos brejos, das veredas, dos cocais e das Campinas.

Homem pai de duas meninas, viveu a sua sina ao lado de NERCI, sua eterna paixão.

A velhice o trouxe à (pra) cidade

E o sertão deixou com saudade

Vindo morar em Riachão.

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Encontrar com Sr. Pedro era receber uma benção seguida sempre de um abraço apertado (dos dois lados)

Calça de pano,

Camisa longa, de pano passado,

hora chapéu de couro hora chapéu de massa,

A figura ilustre de um velhinho atencioso que sempre nos dizia algo.

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Um aperto de mãos em mãos calejadas...

E no rosto, marcas do tempo na pele enrugada e nos sinais espalhados pela face.

Que nos mostravam a experiência de quem já havia vivido muito

__ E muito aos 94.

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Se foi melhor assim, que seja, e que assim seja!

Nos deixar no dia de Finado

Para que seu nome ecoe pra sempre

E pra sempre seja lembrado.

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Eternas saudades!!!

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============================================= F É !!!

Autor: Luandson Portela Carmo - Copyright©2015

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Luandson Portela Carmo
Enviado por Luandson Portela Carmo em 05/11/2015
Reeditado em 05/11/2015
Código do texto: T5438900
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