Instigante diálogo
Neste último final de semana, enquanto degustava uma deliciosa peixada e apreciava a bela paisagem da lagoa Paulino, não pude deixar de ouvir uma conversa entre dois possíveis amigos que estavam na mesa ao lado. Os nomes, Paulo e João, são fictícios, pois não quis me intrometer. Procedi dessa forma, mais pelo receio de romper o fluxo, que me inquietava, do que pela possibilidade de não ser acolhida. É com esse sentimento que descrevo este instigante diálogo:
João: Não tolero mais falar de política, pois os políticos são todos iguais, nenhum se preocupa com a população.
Paulo: Está muito complicado, o dinheiro parece que some do bolso, não acredito nessa inflação de dez por cento ao ano, parece mais dez por cento ao mês.
João: Também acho. Está tudo estranho, os preços estão descontrolados. O meu salário parece que está menor a cada dia.
Paulo: Mas, João, você não gosta de falar de política?
João: Não, prefiro me distrair, pois tenho que trabalhar e refazer minhas contas, ou adiar pagamentos e reduzir despesas. E, ainda vou gastar meu tempo de folga, falando de política?
Paulo: Entendi.
João: Os políticos são enganadores, corruptos... . Todos, farinha do mesmo saco.
Paulo: Você tem razão, a política é uma verdadeira mala, ou melhor, sinônimo de corrupção. Mas impossível não colocar pra fora essa indignação.
João: Neste sentido concordo, enquanto nós, pobres mortais, sofremos com a crise, eles arrobam os cofres.
Paulo: O que mais me intriga é que o salário deles, tão diferenciado dos nossos, não os deixa satisfeitos. Será que precisam de tantos milhões para viver? Que padrão é esse? Não se acanham? E querem mais impostos?
Enfim, por que a inquietude? Penso que por concordar e desejar que muitos brasileiros que também compartilham dessas ideias, coloquem pra fora essa indignação.
João: Não tolero mais falar de política, pois os políticos são todos iguais, nenhum se preocupa com a população.
Paulo: Está muito complicado, o dinheiro parece que some do bolso, não acredito nessa inflação de dez por cento ao ano, parece mais dez por cento ao mês.
João: Também acho. Está tudo estranho, os preços estão descontrolados. O meu salário parece que está menor a cada dia.
Paulo: Mas, João, você não gosta de falar de política?
João: Não, prefiro me distrair, pois tenho que trabalhar e refazer minhas contas, ou adiar pagamentos e reduzir despesas. E, ainda vou gastar meu tempo de folga, falando de política?
Paulo: Entendi.
João: Os políticos são enganadores, corruptos... . Todos, farinha do mesmo saco.
Paulo: Você tem razão, a política é uma verdadeira mala, ou melhor, sinônimo de corrupção. Mas impossível não colocar pra fora essa indignação.
João: Neste sentido concordo, enquanto nós, pobres mortais, sofremos com a crise, eles arrobam os cofres.
Paulo: O que mais me intriga é que o salário deles, tão diferenciado dos nossos, não os deixa satisfeitos. Será que precisam de tantos milhões para viver? Que padrão é esse? Não se acanham? E querem mais impostos?
Enfim, por que a inquietude? Penso que por concordar e desejar que muitos brasileiros que também compartilham dessas ideias, coloquem pra fora essa indignação.