MÚSICOS ANDINOS
Ao som das flautas de bambu e de violinos as praças andinas se alegram.
Ao som das flautas de bambu aqueles meninos andinos ganham a vida.
Uma música aqui, outra musica ali...
Um trocadinho aqui, outro trocadinho ali...
No final do dia, lábios e dedos cansados de tanto musicar.
Voltando para casa, pão e leite na mesa dos irmãozinhos menores.
Soneca forte, pois amanhã é outro dia.
Ao raiar do sol, violino na sacola, flautas de bambu nas maletas em direção às praças.
Simpatia nos olhares, sorrisos lindos depois de cada melodia executada.
Cabelos negros e lisos, pele indígena, pigmentos dos Incas e outros...
Baixinhos, olhos puxadinhos, mãos ágeis e muita carência.
Uma alegria incalculável quando executam os típicos instrumentos.
As danças são maravilhosas, a animação nota dez!
São músicos internacionais com histórias de arrepiar.
Pergunte alguém deles sobre a história da vida andina e perceberá que no coração de cada um há uma família sofredora, uma geração inteira vivendo nas montanhas dos Andes.
Aquela minguada contribuição dos ouvintes nas praças públicas são migalhas que com o vento do amor aos entes queridos, chegam até às mesas dos Andes.
Rapazes e moças, jovens e velhos que vivem cantando para viver, e esperam contra toda esperança.
É isso aí!
Acácio Nunes