UM FERIADO E ALGUMAS LEMBRANÇAS...

Quem reside em nossa cidade, vai ter cinco dias de férias; hoje Independência do Brasil, - são somente 189 anos de nossa Independência, que podem apenas representar três gerações de 63 anos. - amanhã Padroeira de Curitiba; Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, algumas categorias “emendam” na sexta, com o sábado e domingo têm uma mini-férias.

Que fazer? As opções são muitas, viagem à praia, visitar amigos, assistir a um bom filme, terminar de ler um livro; - que desde a muito estava sendo protelado o final de sua leitura. - cuidar do jardim, que com as temperaturas mais altas a grama torna a crescer e com ela os seus “inimigos naturais”, que permanentemente teimam em ocupar o mesmo espaço; é uma luta difícil, sem “trégua”, durante certo tempo tentamos “combate-los”, quando uma dileta amiga, - que hoje se refaz de uma complexa cirurgia. - nos aconselhou que cortássemos a grama com mais frequência, os seus “inimigos naturais”, enfraquecem e ela volta mais “fortalecida”...

Moramos neste local há quase quatro décadas; quem mora em casa, têm o permanente desafio de manter o jardim e o constante corte da grama; houve períodos em que tivemos vários colaboradores, que nos ajudaram a vencer este constante trabalho de manter o quintal em bom aspecto.

Vou citar somente dois; o primeiro o conhecemos já com certa idade, já passava dos sessenta anos; viemos aqui morar e durante alguns anos nos deu “assistência” nos cuidados naturais do jardim e do gramado, facilitava muito a nossa tarefa que era somente passar a máquina para c manter o gramado aparado...

Naquela época ainda não havia aposentadoria pelo fundo rural, - início década de 70. - sua filha vinha a nossa casa trabalhar duas vezes por semana, normalmente quando o pai vinha com ela para nos ajudar no quintal, no final da tarde os levava de carro até o local que moravam, era um bairro em formação Rio Verde, pertencente ao município de Colombo, próximo de onde moramos, na época era um bairro em formação com poucas casas. Diferente de hoje que praticamente é uma cidade com toda infra-estrutura.

Fazia parte de sua família, uma jovem com necessidades especiais, durante muitos anos os ajudamos em suas necessidades básicas, nossa colaboração supriam a isto, para que não faltasse os meios de sua subsistência, numa troca permanente de auxílio mútuo; se Deus na sua Infinita Misericórdia nos coloca em nossas mãos as condições de ajudar por que não fazê-lo?

O tempo passa célere para todos e por uma série de razões acabamos nos distanciando e quando acabamos sabendo a filha, que nos prestava serviço, e ele já havia partido, deixando a nós estas lembranças, durante os anos que participaram de nossas vidas, os tratamos dignamente dando sempre toda a ajuda que estava dentro de nossas possibilidades...

Este último colaborador nos prestou serviço um pouco mais de um ano; no final veio o impasse entre o “capital” e o trabalho quanto aos valores da continuidade da prestação de seu serviço. Já passava dos 60 estava para ser aposentado ele com a esposa o que acabou acontecendo; o que daria a ele a possibilidade de diminuir o seu ritmo de trabalho, pois já completara 65 anos e poderia selecionar os locais de sua prestação de serviço; quase sempre o ajudávamos; deste modo suas tarefas num prazo de 3 a 4 horas se concluam. Certa ocasião nos disse que o valor que pagávamos era muito pouco, (oitenta reais). Queria cento e vinte, me parece que o salário mínimo na época era quinhentos e dez reais. Dissemos que este valor não podíamos pagar; talvez por ambos estarem aposentados não haveria empenho de continuar trabalhando...

Não trabalhava no sábado, que era norma deste seguimento religioso; sempre respeitamos suas convicções religiosas, aceitávamos as suas mensagens, o que não impedia que também retribuíssemos com aquelas que escrevíamos; não aceitava nossa refeição, pois seguia uma dieta alimentar em face de um problema digestivo, aquecíamos sua marmita, após sua refeição, oferecíamos alguma fruta que quase sempre aceitava; pensávamos que já tínhamos desenvolvido algum laço de amizade, além dos interesses financeiros, fato que não ocorreu, e os seus préstimos foram interrompidos...

Para concluir nossas Reflexões do Cotidiano de hoje; - que saíram um pouco do habitual. - ontem, terça-feira, é o dia da semana que recebemos a ajuda de nossa auxiliar de serviços gerais, com tempo se tornou uma pessoa da família; acaba compartilhando das nossas e suas preocupações, ficamos tendo conhecimento e nos inteirando de sua própria vida, e sugerindo soluções: demos a ela o incentivo de pagar o seu carnê de contribuição junto ao INSS, pela facilidade que hoje e de 11%%, que é como se fosse uma poupança mensal que lhe dá uma segurança em caso de um impedimento repentino ao seu trabalho diário, e a aposentadoria por idade, aos sessenta e cinco anos e de pelo menos receber um salário mínimo.

Hoje o ganho de um diarista está em torno de oitenta reais, em média vinte dias por mês totalizam mil e seiscentos reais, aproximadamente mil dólares, enquanto um salário mínimo é trezentos e quarenta; pode fazer suas refeições no seu no trabalho, o que não deixa ser um valor razoável em comparação com os salários da China e da Índia, que não alcançam 100 dólares...

Finalmente, para concluirmos nossas palavras de hoje, sábado uma das filhas, - Marylene - quis assumir uma singela homenagem à esposa que estará completando 70 anos e que será uma grata surpresa.

Ficamos por aqui em nossas Reflexões do Cotidiano de hoje, desejando a todos os nossos prezados leitores um proveitoso “descanso” nesses feriados...

Curitiba, 7 de setembro de 2.011- Reflexões do Cotidiano – Saul Hoje é 3 de novembro de 2015

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Walmor Zimerman
Enviado por Walmor Zimerman em 04/11/2015
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