Roma - Dos tijolos aos mármores
O poder das mulheres sobre os homens mesmo que sorrateiramente levaram muitos deles a alterarem o rumo da história.
As mulheres têm a perspicácia, a sutileza e a paciência além da persistência para obterem seus objetivos.
A efemeridade do temperamento masculino provoca uma visão curta dos acontecimentos e o medo da perda de respeito à sua “supremacia” e virilidade o torna refém de seus próprios "achismos".
O poder político cria um círculo de “amizades” em sua volta que cega e quando necessário nunca se saberá quemo está à sua frente e quem está à suas costas.
César (Otaviano) Augusto 63 a.C-14 d.C) foi um Imperador romano num tempo em que os homens eram conhecidos pela sua espada e as suas conquistas.
Lutou contra seus inimigos que queriam a República como meio político de governar o povo.
O Império Romano cresceu após as batalhas sob seu domínio porque os homens transferiram suas energias da guerra para a paz. E com ela os interesses econômicos e culturais se tornam mais importantes.
"...É comum se dizer que Otaviano herdou uma Roma de tijolos e a deixou feita de mármore."
Quando o homem não pensa em matar, pensa em salvar.
Dois pensamentos próximos demais, para quem governa uma Nação.
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A História do Homem - Parte XXII (César (Otaviano) Augusto 63 a.C-14 d.C)
Júlio César havia ampliado os limites do que era um “império Romano de fato” e se tornara o primeiro governante absoluto de Roma.
No entanto, o Império Romano não havia sido oficialmente declarado até que seu sobrinho Otaviano assumisse o poder em 27 a.C. Ele era filho de Caio Otávio e Ácia, cuja mãe era Júlia, irmã de Júlio César. Otaviano tinha trinta anos de idade quando seu tio foi assassinado.
Embora César houvesse nomeado Otaviano como seu sucessor, o jovem encontrou oposição tanto dos aliados de seu tio como de seus rivais. Otaviano concordou em governar como parte de um triunvirato (conselho governante composto por três homens), com Marco Lépido (?-13 a.C) E Marco Antônio (83-30 a.C), um dos tenentes de confiança de César.
Este triunvirato defrontou-se com uma guerra civil movida por Caio Cássio (?-42 a.C.) e Marco Júnio Bruto (85-42 a.C), dois dos conspiradores do assassinato de César, que pretendiam restabelecer a República. Após derrotar os rebeldes, o triunvirato dividiu o poder geograficamente: a Europa ficou sob o comando de Otaviano, a África nas mãos de Lépido e o Egito para Marco Antônio.
No Egito, onde a monarquia local estava sujeita ao governo romano, Marco Antônio estabeleceu seu poder na cidade de Alexandria, onde se apaixonou pela rainha egípcia Cleópatra (69-30 a.C), que era sua amante. ...Com freqüência dava presentes generosos para Cleópatra, o que provocou uma série de boatos, segundo os quais ele pretendia dar a própria Roma como presente....Quando esses rumores chegaram aos ouvidos de Otaviano, ele ficou enfurecido e imediatamente declarou guerra a Marco Antônio....(após enfrentarem e serem derrotados pelo exército de Otaviano que os perseguiu até o Egito , Marco Antônio e Cleópatra suicidaram-se em 30 a.C.
Otaviano retornou a Roma em 29 a.C. e se declarou imperador romano, assumindo o nome de César Augusto. Sob seu governo, o Império Romano tornou-se uma monarquia austera e com controle centralizado. Com ele, também a língua latina e o alfabeto romano tornaram-se padrão para toda a Europa.
Unido sob um líder único e forte, o Império Romano teve um próspero desenvolvimento, tanto cultural como comercial. A arte e a literatura tornaram-se hábitos importantes na vida das cidades romanas e foram elaborados grandes projetos para construção de estradas, pontes, aquedutos, coliseus, residências e prédios públicos, não só em Roma como também em outras cidades espalhadas pelo império. Por isso é comum se dizer que Otaviano herdou uma Roma de tijolos e a deixou feita de mármore.
*Texto retirado do Livro 100 Homens que mudaram a História do Mundo*
* Editorial Prestígio – Bill Yenne.